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Opinião
Sexta - 30 de Julho de 2010 às 19:17
Por: Lourembergue Alves

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Viajar é necessário. Importante, inclusive, para avaliar melhor o posicionamento que se tem referente a um determinado lugar. Vale bem mais que uma aula, e, dependendo de tal aula, serve-a como complemento. Ainda que a dita viagem tenha sido também motivada pela atividade profissional. Esta, evidentemente, se soma aquela, cujo resultado é sempre positivo. Mesmo que se valha de ônibus para cortar o Oeste mato-grossense, pela MT 343. 
 
Foram mais de cinco horas, e outras tantas de volta. Preso à poltrona. Apenas tendo como único conforto a companhia ao lado, que se dedicou a preencher o tempo com uma conversa agradável. Os assuntos eram os mais variados, desde uma boa leitura até as ingênuas piadas. Se bem que estas últimas ficavam a cargo de um ou outro passageiro, acomodado nas vizinhanças.
 Assim, quase não se viu as horas passarem, nem a fotografia de uma mesma paisagem, exceto quando ocorriam as paradas obrigatórias e necessárias, até para que os passageiros possam esticar as pernas e beliscarem alguns petiscos. Não sem antes assustarem com os preços. São “os olhos da cara”. 

De todo modo, valeu à pena ter ido. Araputanga é uma cidade extraordinária. Não apresenta o trânsito, nem o corre-corre da Capital do Estado. Lá tudo é muito pertinho. Igrejas, farmácias, bares, quiosques, restaurantes e a delegacia compõem o cenário paisagístico. Cada um deles ligados entre si por ruas largas e bem cortadas, e tem como pano de fundo duas praças, onde se pode encontrar crianças e adultos esparramados pelos bancos, caprichosamente, distribuídos. Só, por último, se notou o enorme lago, nas imediações da escola. 

Somente o calor se assemelha bastante com Cuiabá. 33 a 36 graus. Certamente, por isso, se percebe certo cuidado com as árvores. Cuidado ainda bastante acanhado. Pois o clima reinante obriga as pessoas a se atentarem mais e mais com o verde. Cor que muda o ambiente e o torna bem alegre.
Colorindo, portanto, os traços citadinos, contrariando o avermelhado da madeira que emprestou o nome a cidade, bastante apreciada para fabricação de móveis, embora em franco processo de extinção.  

É nesse sentido que a cidade cresce. Cresce em ritmo acelerado, dentro do planejamento possível. Próprio de sua riqueza. Uma riqueza gerada no seio da agropecuária. Atividade econômica relevante, inclusive para os demais municípios da região, e que se estende a todo o Estado. 

Nesse sentido, é muitíssimo valiosa a viagem para Araputanga. Particularmente no período das festas “queima do alho”, rodeios e shows. Tradição mantida, inclusive, nos demais municípios da região.  


Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br


Autor

Lourembergue Alves

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista

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