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Opinião
Quinta - 28 de Junho de 2012 às 17:22
Por: Mônica de Sá Ferreira

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A poluição sonora é causada por barulho excessivo proveniente do tráfego, buzinas, ambulâncias, carros de som, fábricas, obras, festas ao ar livre, comércio, áreas de recreação, sirenes, ônibus, motos em alta velocidade, avião, helicóptero. Ao citar tais fontes de ruído, ficamos pensativos sobre os grandes centros urbanos, onde os níveis de barulho podem chegar aos 90, 100 decibéis - níveis altíssimos se considerarmos os 50 dB que a Organização Mundial de Saúde considera como sendo o limite para a boa saúde auditiva da população.
 
Temos ainda a poluição sonora dentro das casas, onde é comum termos vários ruídos concomitantes, como a TV, liquidificador, máquina de lavar roupas, aspirador de pó, a janela aberta com todo aquele ruído ambiental de tráfego, sirenes, carros de som, etc. Embora o ruído não se acumule no ambiente, como ocorre com a poluição do ar e das águas, ele causa uma série de prejuízos transitórios e, até mesmo, permanentes à audição. O mais grave que é a perda auditiva induzida por ruído.
 
No início, a pessoa sente sensação de ouvido tampado, zumbido, estresse, dor de cabeça, mas com a exposição prolongada a sons elevados, começa a sentir outros sintomas que prejudicam ainda mais sua qualidade de vida, como pressão alta, agressividade, cansaço, dificuldade de concentração, queda do rendimento escolar e do trabalho, insônia, depressão e, o pior, uma lesão irreversível nas células do ouvido interno – acarretando uma perda auditiva que só pode ser amenizada com o uso de aparelhos auditivos.


Mas se engana quem acha que só na rua e dentro de casa existe o risco de estar exposto a níveis altos de intensidade do som. Dentro dos ônibus ou caminhões, o ruído pode chegar a 90 dB – limite permitido para, no máximo, 6 horas diárias de exposição. Outros exemplos são aeroportos, boates, shows de rock, shows com fogos de artifício, UTI´s com incubadoras neonatais onde os limites podem chegar a 140 dB (limite de dor) e salas de aula onde o nível de ruído pode chegar aos 75 dB, com a janela aberta.
 
Nesse último caso, os principais sintomas estão relacionados a fatigabilidade, desatenção, baixa no rendimento escolar, agressividade, dor de cabeça, estresse e insônia. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, em pesquisa de 1998, apontou, por exemplo, os bares da zona oeste, principalmente, como sendo os mais barulhentos da cidade (em torno dos 100 dB). Em seguida, as Igrejas Evangélicas, com 96 dB, e as academias de ginástica, com 20 dB acima dos níveis permitidos por lei.
 
Outro perigo para a audição e qualidade de vida está no dia a dia da criançada. Uma pesquisa realizada em 1991 revelou que foram encontrados brinquedos com níveis de ruído variando de 82 a 130 dB – fato que pode causar, além de vários transtornos comportamentais, uma perda auditiva irreversível nas crianças. Isso sem contar com os tocadores de música MP3, MP4, Ipod, celulares com fones etc., que, dependendo do ambiente em que estão sendo utilizados, podem chegar aos mesmos 130 dB da turbina de um avião. Muitos jovens teimam em utilizar tais instrumentos dentro de ônibus e nas ruas. O cálculo é simples: se no ônibus existe um ruído de aproximadamente 80 dB, quanto eu devo colocar a mais de volume para ouvir uma música de forma que o som externo seja eliminado?
 
Mas, apesar de todos esses estímulos externos, existem algumas ações simples que podemos tomar para evitarmos a exposição prolongada aos altos níveis de ruído, sem abrir mão da diversão e do trabalho. Confira:


- Evitar locais muito barulhentos ou com aglomeração de pessoas
- Escutar a música e televisão no volume mais baixo possível
- Usar protetor auricular em locais com muito ruído – especialmente os protetores feitos sob medida
- Usar atenuadores de ruído – no caso de músicos que ficam expostos à música alta
- Ficar longe das caixas acústicas de um show de rock ou igreja
- Fechar as janelas quando o barulho da rua ou do tráfego estiver alto
 
Para quem deseja diminuir o desgaste do sistema auditivo causado por sons muito intensos, o ideal é usar atenuadores de ruído, como os da Aura. Personalizados, moldados de acordo com a anatomia da orelha do indivíduo, os atenuadores oferecem uma diminuição média de 15 ou 25dB, dependendo da necessidade do usuário. Feitos em acrílico transparente, possuem um microfiltro para atenuar e, ao mesmo tempo, possibilitar ouvir toda a orquestra ou banda com intensidade sonora mais confortável.
 

 

* Mônica de Sá Ferreira é fonoaudióloga da Aura Aparelhos Auditivos (www.audiaura.com.br).
 


 

Informações:


Assessoria de imprensa da Aura Aparelhos Auditivos
Ex-Libris Comunicação Integrada



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