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Opinião
Quinta - 06 de Maio de 2010 às 11:30
Por: Pedro Nadaf

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Quando da visita técnica do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia e da Delegação da União Européia no Brasil, ocorrida no Sesc Pantanal, no primeiro trimestre deste ano, o que mais se comentava era o quanto a iniciativa privada tem dado sua contribuição para a qualidade de vida da população e aprimoramento do conhecimento técnico e até mesmo científico brasileiro.

A cada ano que passa, é legitimado o papel desempenhado pelas entidades que compõem o Sistema S. Valendo lembrar que as primeiras instituições deste sistema são o Sesc e Senac, vinculados ao comércio; Sesi e Senai, à indústria. Elas foram criadas em 1946, por decretos assinados pelo presidente Gaspar Dutra. Sua criação após a Segunda Guerra Mundial foi norteada dentro dos princípios da Carta da Paz Social, redigida por lideranças empresariais dos dois setores, que são fundamentais para nossa economia, como uma forma de manter mais equilibradas as relações entre o capital e o trabalho. Foi um avanço para a época, uma forma corporativa de se estabelecer um plano socioeducativo para o país.

Só para se ter uma ideia do quanto o Sesc e o Senac têm atuado de forma a atender aos anseios da classe comerciária, vale lembrar que foi dito aos integrantes da visita técnica ao Sesc, de que em 2009, as duas entidades, mantidas pelos empresários do comércio e serviços, atenderam mais de 5% da população brasileira. Isso é muito representativo, principalmente por serem recursos oriundos de contribuições da iniciativa privada.

Hoje, as entidades do Sistema S estão destinando parte de suas receitas líquidas para aplicação na educação, através do Programa de Comprometimento de Gratuidade (PCG), em acordo com o governo federal, por intermédio do Ministério da Educação. Para se ter uma ideia do que isso representa, vale dizer que até o ano de 2014, o Senac e o Sesi terão destinado 66,6% de suas receitas líquidas, em investimentos na formação de estudantes de baixa renda e de trabalhadores. Já o Sesi e Sesc terão destinado 33,3% de suas receitas a educação, com atividades e cursos gratuitos. Com isso, abre-se uma perspectiva de futuro melhor, principalmente para a juventude brasileira, facilitando o acesso ao mercado profissional.

Esta mudança no Sistema S não vai desviar as mesmas dos seus respectivos focos, de atenderem os comerciários, os empregados da indústria. Vale lembrar que os trabalhares da área rural são atendidos via Senar, e do transporte através do Sest e do Senat, entidades criadas após a Constituição de 1988, e que também tem a mesma obrigatoriedade firmada junto ao Ministério da Educação. Os empresários de forma individual e coletiva, através de suas entidades representativas, são os grandes colaboradores na construção de um mundo melhor.


PEDRO NADAF é Secretário de Estado de Comércio, Minas e Energia.



Autor

Pedro Nadaf

PEDRO NADAF é secretário-chefe da Casa Civil

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