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Opinião
Quinta - 15 de Abril de 2010 às 12:01
Por: Pedro Nadaf

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Precisa-se de profissionais competentes, paga-se bem! Se este anúncio estivesse no jornal você iria habilitar-se à vaga? Você se julga competente? Fazer esta autoanálise não é fácil e exige profunda reflexão, principalmente sobre dois aspectos: descobrir em que você é reconhecidamente excelente, e se tem reconhecimento do grupo ao qual você pertence no tocante ao que de melhor sabe fazer.

Estabelecer-se como um profissional de excelência fica fácil quando se tem conhecimento. É preciso ter ciência de que a carreira é seu grande patrimônio e merece que se dedique grande parte de energia para o conhecimento técnico, inovação, informações e a tecnologia. Há muitos fatores que personalizam o profissional dentro de um ramo de atividade. Geralmente há entre estes perfis valores intangíveis de pesos muito elevados. Muitos colaboradores, por exemplo, abrem mão do dinheiro pela flexibilidade no trabalho. Vale ilustrar com uma citação de Jorge Amado, escritor brasileiro: "acho que você não deve fazer nada que não o divirta, lhe dê prazer. Também não deve exercer um ofício, uma profissão para a qual é incompetente".

As empresas têm sido avaliadas pelos profissionais que nelas querem trabalhar, pela sua reputação, inserindo a sua responsabilidade social, pela sua comunicação interna, pelos ganhos variáveis que oferecem, pela capacitação que dá aos colaboradores, pela tomada de decisões que atendam os anseios dos diversos públicos de interesse, pela forma que estas atraem e retém os membros da equipe, e também pela força de sua marca. Ou seja, o peso do salário é relativo, mensurado, pelos atributos considerados relevantes. Os profissionais, por sua vez, são avaliados pelas empresas pelo talento, criatividade, responsabilidade, pró-atividade, entre outros atributos que formam um composto que lhe assegura a permanência no mercado.

Você já parou para pensar que existem valores intangíveis nas relações do mercado profissional? Isto é uma realidade e é preciso competência dos gestores para compreendê-la, visando alcançar uma carreira de sucesso.

Parece simples, mas na realidade, no dia-a-dia, poucos param para pensar neste sentido, tem gente que tem um currículo, no qual mostra formação, inclusive superior, mas na prática não sabe como executar o seu papel e naturalmente não é reconhecido por suas habilidades. Se hoje existe um grande parâmetro para se avaliar a capacidade e a obtenção de resultados satisfatórios, este é reconhecidamente chamado de competência. Por exemplo, estar professor, não é ser professor, estar empresário não é ser empresário, e estar em função de liderança, não é ser líder.


Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT. E-mail: p.nadaf@terra.com.br



Autor

Pedro Nadaf

PEDRO NADAF é secretário-chefe da Casa Civil

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