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Opinião
Quinta - 18 de Março de 2010 às 19:02
Por: Elisete Baruel

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A sociedade tem passado por mudanças rápidas, decorrentes de tantas novas informações e avanços tecnológicos, que vêm repercutindo na configuração familiar e no seu processo de interação com a escola. Por diversos motivos, hoje a criança passa cada vez mais tempo na escola e em atividades extracurriculares, e seus responsáveis têm cada vez menos tempo para participar de eventos escolares e raramente acompanham as lições de casa. Com isso, a escola se torna a única responsável pelo desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno.

Mesmo assim, podemos dizer que as famílias ainda são a base mais consistente na vida dos alunos e são elas que proporcionam uma relação natural entre as crianças e adolescentes e o ambiente escolar. São as famílias que decidem, desde cedo, o que os filhos precisam aprender e quais instituições devem frequentar.

Mas como fazer com que a escola e a família se tornem parceiras na aprendizagem das crianças? Inicialmente, é indispensável que família e escola entendam claramente que papéis desempenham na vida do aluno e, por isso, é necessário pôr fim à incompreensão das famílias referente à linguagem escolar e aos procedimentos adotados na avaliação de seus filhos, de forma que suas intervenções sejam efetivas e construtivas.

É neste sentido que a relação família-escola ganha força, encontrando o suporte necessário à realização de mudanças que garantam experiências de sucesso acadêmico e social aos alunos. Entendendo a importância desta parceria, a Vitae Futurekids desenvolveu o Pró-Família, baseado num projeto desenvolvido pela Universidade de Harvard, em Boston (EUA), denominado “Havard Family Research Project” e adaptado à realidade brasileira.

O conceito orientador do Pró-Família é simples. Ao invés de culpar uns aos outros, professores e pais atuam juntos como parceiros com iguais atribuições e responsabilidades, de maneira a estabelecer relações e construir confiança mútua, utilizando o tempo de convivência para dividir sonhos, expectativas e experiências, visando ao sucesso acadêmico dos alunos.

O Programa propõe uma metodologia inovadora de visitas à casa dos alunos, o que auxilia no desenvolvimento de novas redes de sociabilidade e serve para a construção de canais de mediação mais consistentes, em que todos aprendem como partilhar saberes e recursos. Durante as visitas, pretende-se identificar, no ambiente familiar, as raízes das dificuldades de aprendizagem dos alunos, considerando as condições de vida e moradia. Desta forma, contemplam esforços estratégicos para fortalecer o comprometimento da família e da comunidade no apoio do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, ajustando as metodologias educacionais a cada realidade.

O sucesso dessa parceria pode ser medido por depoimentos apresentados por quem já participou no Brasil do projeto desenvolvido em Boston. “Os educadores me fizeram sentir como se estivessem lá para ensinar o meu filho. Estão sempre me dando ideias sobre que atitudes tomar. Além disso, percebi que  prestam atenção ao que eu digo e isso me fez sentir bem. Eu disse a mim mesmo - eles conhecem meu filho”, afirmou um pai. O professor emenda: “Os resultados dos alunos estão afixados no quadro de avisos e os portfólios de trabalho são dispostos por todo o prédio. Podemos ver que a maioria dos alunos tem bons resultados em línguas estrangeiras, matemática e ciência. Muitos professores acreditam que o sucesso é crédito da parceria estabelecida com os pais.”


* Elisete Baruel é Coordenadora de Educação da Vitae Futurekids



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