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Opinião
Quinta - 25 de Fevereiro de 2010 às 11:19
Por: Adilson Rosa

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Imagine caro leitor se as Lojas Americanas de Cuiabá e Várzea Grande resolvam fazer uma promoção de Sukita Zero, o refrigerante Diet. Ela não terá concorrentes, uma vez que traz o produto de São Paulo. A Sukita Zero é importada porque a fábrica daqui não engarrafa essa versão. É uma situação incomum, pois se as Americanas oferecem o produto é porque tem demanda para isso. O que é de se estranhar é que a versão da Sukita não é fabricada em Mato Grosso.

A Sukita é apenas um exemplo do descaso com o consumidor de Mato Grosso. As Americanas trazem de fora outras versões de refrigerantes Diet. Se não tivesse procura, ela não ofereceria o produto em suas gôndolas. Aliás, pelo que fiquei sabendo os diets "importados" são os refrigerantes mais procurados.

O interessante é que outros refrigerantes, incluindo de marcas concorrentes, também não oferecem a versão sem açúcar, que aliás subiu mais de 80% nos últimos meses e nem assim motivou a fabricação de versão com adoçantes. Vai ver que o açúcar não é componente essencial dos refrigerantes.

Para se ter idéia, apenas o Guaraná Antarctica, Pepsi e soda tem versão diet, assim como a Coca Cola, Guaraná Kuat saem das fábricas de Mato Grosso. E nem em todas as versões. Uma investida tímida da Coca Cola que oferece seus refrigerantes nos sabores laranja e uva, na versão sem açúcar, apenas nas latas de 350ml. É pouco, mas não deixa de ser uma iniciativa. A empresa reina no segmento e, parece que ainda não despertou interesse das concorrentes.

Em outros grandes centros, os fabricantes não só oferecem os refrigerantes zero em açúcar em todas os formatos, como também em outras embalagens. Em Estados como Paraná e São Paulo, o consumidor é bem servido, muito bem, aliás, pois não só existem versões sem açúcar para todos os refrigerantes, como tem novidades, como um de sabor gengibre e outro com embalagem de 3,3 litros, um verdadeiro bujão.

Ora, se tem mercado para esse produto, não existe motivo de não ser fabricado por aqui. O poder aquisitivo não pode ser desculpa, uma vez que havia dois shoppings centers e apareceu um terceiro, muito maior, mais amplo que hoje disputa clientes com os demais. Aliás, os três shoppings estão sempre lotados. Bom, se eu estou reclamando, o mesmo não acontece com as Lojas Americanas que estão rindo à toa e não perdem a chance de faturar.

ADILSON ROSA é repórter do jornal Diário de Cuiabá.



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