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Opinião
Quarta - 07 de Maio de 2014 às 09:56
Por: Gonçalo Antunes de Barros Neto

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A sociedade brasileira precisa reverenciar seus heróis.

Não deve passar em brancas nuvens as ações daqueles que se doam por uma causa, por uma vida.

Os heróis modernos não são fictícios.

De carne e osso, e alma corajosa, enfrentam o perigo e zombam da paz dos medíocres.

Na infância, se têm os heróis naturais, os pais. Com o passar dos anos, já na adolescência, quebra-se esse paradigma e busca-se outros modelos, mais racionais e dinâmicos, idealizados segundo as necessidades inconscientes de cada qual, tudo capitaneado pela rebeldia da idade.

“Na fantasia inconsciente, a agressividade é inerente ao crescer” (Winnicot).

Como adulto, a ruptura com os heróis imaginários se apresenta na estabilidade psicológica e racionalidade, com especial ênfase na melhor reflexão sobre a alma humana e o mundo que o cerca.

Aqui, o espírito de sobrevivência e a constituição de um núcleo familiar a todos transformam. Inserida nesse novo caminhar, a paz e a tranquilidade são metas preciosas.

Pois bem, paz e tranquilidade sem os heróis da segurança pública soam impossível. E todos estão volvendo ao inconsciente infantil, clamando pelo braço forte das histórias de quadrinhos.

Na semana que se passou, houve uma grande ofensiva contra uma organização criminosa instalada nos presídios de Mato Grosso.

Trabalho incansável e meticuloso da gloriosa Polícia Judiciária Civil e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, também de seus agentes prisionais.

Nenhum tiro foi disparado, trabalho vigoroso dos núcleos de inteligência das instituições do Estado. "Precisa-se, urgentemente, elevar e dignificar a esses abnegados policiais, homens e mulheres de honra"

Homens e mulheres impuseram derrota aos desajustados sociais e escreveram mais um capítulo da missão a eles confiada.

A máxima do apóstolo Paulo se fez presente no bom combate, e a sociedade agradece.

Precisa-se, urgentemente, elevar e dignificar a esses abnegados policiais, homens e mulheres de honra.

Passa-se por momento de muita tensão no país, e em Mato Grosso em particular, com o alto índice de criminalidade.

Todos estão inseguros, e a confiança que se estabelece no sentimento popular com essas ações do aparato de segurança estatal impõe a mais fragorosa derrota àqueles que teimam em viver às margens da lei - a gratidão de que somos depositários.

Sim, exigimos o constante treino e aparelhamento da Polícia Judiciária Civil e Militar.

Suplicamos melhores salários e vida familiar estável àqueles que passam dias e noites, longe dos seus, para salvaguardar a paz de todos.

A criação de condomínios de casas aos policiais é medida urgente e necessária; quem está na linha de frente no combate à criminalidade deve sentir que o Estado reconhece-lhe o esforço, mantendo seus familiares seguros em casa à espera de seu herói, que também o são nossos.

Não há autoridade sem prestígio. Prestigiar em vida é humanizar a cena que a todos choca quando vimos um guerreiro tombar em combate.

Nesse instante, o “Toque de Silêncio” é a certeza do cumprimento do dever. Durante o funeral de um militar (ou policial) é comum ouvirmo-lo durante a despedida do herói.

É uma melodia tocada por um único músico usando uma corneta.

Esta é a letra da melodia: “O dia terminou, o sol se foi dos lagos, das colinas e do céu. Tudo está bem, descansa protegido. Deus está próximo. A luz tênue obscurece a visão e uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa. De longe, se aproximando, cai a noite. Graças e louvores para os nossos dias. De Baixo do sol, de baixo das estrelas, de baixo do céu. Enquanto caminhamos, isso nós sabemos, Deus está próximo”.

Força e honra. É por aí...



Autor

Gonçalo Antunes de Barros Neto

GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO é juiz de Direito em Cuiabá

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