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Opinião
Segunda - 11 de Agosto de 2014 às 00:09
Por: Lourembergue Alves

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A disputa eleitoral ainda não empolgou o mato-grossense. E, certamente, nem mesmo os candidatos, as coligações e os partidos, pois é bastante fraca a motivação pelas ruas e praças das cidades.

A timidez dos antigos doadores talvez explique parte desta taciturnidade. E o pouco dinheiro, cabe lembrar, diminui o volume do jogo.

Pois, antes, desestimulou os filiados, mantendo-os presos às facções. O que gera desentendimentos, agravados com a predominância dos interesses individuais e particulares, no interior das alianças, as quais se veem enfraquecidas, a exemplo da ‘Coragem e Atitude para Mudar‘, ainda que esta tenha resolvido à questão do candidato ao Senado.

Demorou sobremaneira. Demora que pode ter sido atribuída na ausência de alguém com igual capacidade eleitoral do Jayme Campos (DEM). "O fim da novela pelo candidato ao Senado, por outro lado, não acabou com a crise dentro da coligação ‘Coragem e Atitudes para Mudar‘"

Mas a escolha, vale dizer, recaiu sobre o melhor nome entre todos os inscritos na lista de postulantes da aliança. Trata-se de um ex-governador, vice-prefeito e de origem no agronegócio.

Somam-se a este, mais dois fatores. Um deles, o de pertencer politicamente à região sudeste, com ligações políticas - apesar de acanhadas - no Araguaia.

E isto ajuda na configuração da geografia política da coligação, e acaba, obviamente, por favorecer a candidatura Pedro Taques (PDT).

Esta se vê fortalecida na região, bem mais, com o empenho redobrado do prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), uma vez que o agora candidato ao Senado, Rogério Sales, bem como o próprio PSDB, contribuiu sobremaneira pela sua campanha vitoriosa a chefia do Executivo do município, em 2012.

Base eleitoral, contudo, do também candidato ao Senado Wellington Fagundes (PR). Wellington Fagundes, embora deputado federal de sexto mandato, por ali, no entanto, tem certa desvantagem no enfrentamento com o tucano-candidato, até por este ter sido vice-prefeito, prefeito, agora vice-prefeito, vice-governador, governador e, em 2006, candidato ao Senado.

Ambos, porém, tem dificuldades iguais tanto no Nortão como na região de Cáceres, e muito mais no Vale do rio Cuiabá.

De todo modo, parece ser uma briga boa, e que tem como prêmio a vaga do Senado.

Qualquer um dos dois pode ser o vencedor. Ainda que se saiba da existência de outros candidatos, menos competitivos, e, entre os quais, o ex-presidente da Famato, Rui Prado (PSD), que pode ser beneficiado pela campanha de José Riva (PSD) para o governo do Estado.

O fim da novela pelo candidato ao Senado, por outro lado, não acabou com a crise dentro da coligação ‘Coragem e Atitudes para Mudar‘.

E a tal crise, claro, fica mais evidente quando se depara com os depoimentos da Luciene Bezerra (PSB), sempre a lamuriar e, por vezes, a soltar o seu mau-humor, provocado pelo fato de não ter sido a escolhida para disputar a vaga do Senado.

A situação parece complicada - causa desgaste e deixa arredio o eleitor. Nem mesmo a indicação do Pagot para a coordenação política da aliança parece mudá-la.

Falta à coligação, na verdade, alguém com capacidade de diálogo e de negociação.



Autor

Lourembergue Alves

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista

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