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Opinião
Sábado - 07 de Fevereiro de 2015 às 08:30
Por: Renato de Paiva Pereira

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A mídia cuiabana noticiou esta semana dois episódios envolvendo denúncias contra empresas, que supostamente teriam desrespeitado os direitos do consumidor.

No primeiro, um cliente reclamou da presença de uma agulha em um espetinho. Fez um boletim de ocorrência e encaminhou à saúde pública, como informa a mídia.

No segundo um consumidor percebeu uma diferença de preço de um produto, entre o que marcava na gôndola do supermercado e o que o caixa registrou. Era uma diferença de 30 centavos. Diz que o atendente não quis receber pelo menor valor como diz a lei.

Nos dois casos parece que houve um excesso dos clientes. O caso da agulha na carne é tão inusitado que fica até difícil imaginar como ela apareceu ali. Por certo não é por má procedência o produto e nem por armazenamento ou manuseio irregulares.

Uma possibilidade é que no processo de vacinação dos bovinos, uma agulha ou parte dela tenha ficado presa na carne do animal.

Uma segunda opção, a possibilidade de boicote não pode ser descartada, mas é muitíssimo remota. "Aqui no país temos a mania de defender o consumidor, achando que ele sempre tem razão. Os meios de comunicação noticiam com estardalhaço tudo o cliente diz contra as empresas e, quase sempre, desconsideram a opinião do empresário. "

Seria bom saber que tipo de agulha foi ali encontrada. Se for de uso humano pode ser que um funcionário, estudante de enfermagem, estava treinando a aplicação de injeção na picanha. He, he, he!

O caso da diferença de preço no supermercado nos faz pensar: Será que a empresa genuinamente cuiabana que há décadas serve com eficiência e qualidade o povo do estado, deve o seu sucesso a truques como este?

Não é possível imaginar que algo tão primário e de tão fácil detecção, seja usado para enganar o povo e que empresa envolvida tenha prosperado ganhando R$ 0,30 em um produto, no meio de milhares de itens em exposição.

Aqui no país temos a mania de defender o consumidor, achando que ele sempre tem razão. Os meios de comunicação noticiam com estardalhaço tudo o cliente diz contra as empresas e, quase sempre, desconsideram a opinião do empresário.

É estranho que em um país capitalista como o Brasil, ainda permaneça o ranço da esquerda de classificar os empresários como trapaceiros. O sucesso, quando duradouro, quase sempre passa pela ação de respeito aos clientes e seriedade administrativa.

A propaganda negativa para as empresas dos dois fatos mencionados vai muito além da importância deles.

Uma fatalidade, o caso da agulha, e um erro comum e corriqueiro para quem trabalha com milhares de itens, no caso da diferença de preço, nem deveriam ocupar os órgãos de fiscalização e o noticiário. 



Autor

Renato de Paiva Pereira
renato@hotelgranodara.com.br

RENATO DE PAIVA PEREIRA é empresário e escritor em Cuiabá

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