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Opinião
Quarta - 11 de Março de 2015 às 09:49
Por: Hélcio Corrêa Gomes

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Na rede internet protestos. Clipes eletrônicos sofisticados mostram insatisfações contra Dilma Rousseff (PT).

Na reviravolta, se proclama impeachment incauto. Trilho de apenas show de pirotecnia cibernética.

Dilma sangra por ter o PT desperdiçado oportunidades. E parte do futuro avançado brasileiro, não construído. Além da rotineira incompetência e decisão por ideologia.

Na área restrita da política enfadonha entre PT e PSDB, não se deseja desencadear um traumático processo de impeachment.

A oposição tem a ganhar politicamente com Dilma enfraquecida e mergulhada em crise aprofundada. No Congresso Nacional inexistência de partido conservador programático, que poderia engrossar o caldo.

Aqui as próprias forças centristas (PMDB, PP e outros) não admitem pensar no concreto do impeachment. Incitam tensão para angariar mais cargos no governo e nada mais. E salvaguardarem lideranças apavoradas por causa da Operação Lava Jato. "O Brasil não está bem, mas está longe da dramaticidade infernal. Ruim com Dilma II, pior sem ele - tal como diz maioria dos empreendedores. "

O governo Dilma II diametralmente posto ao Dilma I promove arrocho econômico e austeridade pública. Interrompe a política disfuncional de gastar o que não se tinha no caixa. Aqui coalizão de interesses gerais - muito além do PT/PSDB. Apenas os petistas estorricando.

Afinal, a readequação de direitos com deveres num país que se acostumou com direitos sem deveres tem um preço alto populacional. Dilma no frigir dos ovos podres tem garantia real. Ninguém deseja seriamente substituí-la.

A perda social, trabalhista e assistencial vivida e que vai advir mais tem custos amargos. Dilma apenas sub-roga dívida de todos, que usufruíram tempos fáceis, indo livre e alegre ao abatedor político.

No Mensalão tinham políticos céticos que diziam que Lula deveria saber do que ocorria, mas se delineou que não se tinham provas.

No caso do esquema de corrupção na Petrobras, vão reescrevendo a história malandra (Rousseff poderia não saber). Difícil de acreditar, mas o social se alimenta também de tolices repetidas.

Dilma II é muito mais forte do que o ex-presidente Fernando Collor de Mello, alvo de impeachment em 1992. Collor estava aplicando políticas anticapitalistas (confisco e repactuando as taxas de corrupção).

Tinha seu partido com menos de 3% no Congresso Nacional. A presidente não radicaliza e afrouxa no status ético marginal da corrupção nacional.

Dilma I não é Dilma II. Enfrenta problema ao comando suplementar do sistema financeiro. Arrefece a situação anômala criada pelo PT/PSDB.

Tem plano para tentar ao médio prazo readequar os custos produtivos. E almeja alvo com perspectiva para após triênio e quiçá obter alteração no campo da economia brasileira estagnada.

O Brasil não está bem, mas está longe da dramaticidade infernal. Ruim com Dilma II, pior sem ele - tal como diz maioria dos empreendedores.

Aqui o certo, é que se vai penar muito de modo geral. Os reajustes nas contas públicas e privadas são resultados do passado (cobranças das faturas por abusos cometidos).

O agir matreiro como se fosse o Brasil um país com capacidade mínima de redistribuição de rendas e disciplinado no aspecto cívico. Preço perverso a pagar pela população mais empobrecida para retorno do crescimento econômico e oferta de novos empregos.

Podem gritar e espernear (agitar), mas os paióis públicos e particulares atingiram limites vermelhos. Toda ação perdulária tem sua punição inevitável.

O inverno está aí e não tem impeachment que afugente o frio a sofrer.



Autor

Hélcio Corrêa Gomes

HÉLCIO CORRÊA GOMES é advogado em Cuiabá

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