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Opinião
Segunda - 19 de Dezembro de 2016 às 14:57
Por: Maria Augusta Ribeiro

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Conhecidos como “a geração dos plurais”, os nascidos a partir de 1995 são uma turma que quer transformar tudo e todos. E isso é sinal de tempos de consumo consciente e aversão ao consumismo tipo fast food.

A geração dos impactos gerados pelo 11 de setembro, aquecimento global e de controvertidos políticos como Donald Trump é também uma turma mais preocupada em consumir produtos que tenham valores atrelados às suas crenças, ainda que você nao as aceite.

Está me dizendo, Belicosa, que um centennial, para consumir um sanduiche, vai desejar saber se o tomate que tem nele é orgânico, se foi plantado pela agricultura familiar e ainda se tem processo de industrialização de acordo com normas de higienes mundiais? Isso mesmo!

Esta geração com a cabeça acelerada nas redes sociais tem os pés pregados no chão, e desejam mudar o mundo, começando pelas pequenas gentilezas , por se importar mais com a vida e principalmente com o que eles consomem.

São intimamente ligados à música, consomem conteúdo via web, e tem predileção por games online, para compartilhar suas interações com pessoas do mundo todo e dar voz a alta conexão

Como todo adolescente, questionam os modelos de ensino, as carreiras e os valores morais. E ainda que tenham preferencia pelos orgânicos, vida saudável e exercícios físicos, são de longe a geração mais saudável.

E antes que você me pergunte o que esta turma tem de diferente de tantas outras na mesma idade, atenção: a geração Z estabelece uma nova fase para o consumo, tudo o que eles comprar devem ter um serviço atrelado junto ao produto ou marca.

Um igeneration compra um tênis de sua marca favorita pela Internet, e se o produto não vier embalado e entregue de forma impecável, será colocado no fundo do armário e passará de predileção a exclusão na próxima compra.

A geração Z busca um mundo melhor, e se preocupa com a concepção dos produtos, e que impactos causam na sociedade. E empresas que dizem fabricar produtos naturais e depois no rótulo não é bem assim serão carta fora do baralho.

Um outro dado importante: a geração Z é consumidora ávida de brechó, e gosta de compartilhar artigos que não usa mais e adquirir peças únicas. Não se importa de vestir a camiseta que um dia foi do irmão.

São uma turma que busca na co-criação de produtos a possibilidade de fazer a diferença junto com as marcas e produzir produtos melhores. E não é porque a blogueira de moda falou que é bom que todo mundo usa. Ao contrário, para influenciar esta galera a “indústria do consumo” terão que rebolar para ganhar os likes de uma turma consciente de que consumismo é fora de moda.

As redes sociais deixam de ser o foco quando o assunto é consumismo, e passam a ser coadjuvantes no momento em que o que desejam é compartilhar valores e não ostentar.

Os especialistas concordam que ainda é cedo para fazer previsões sobre a geração Z, mas arrisco dizer que são consumidores sofisticados quanto ao grau de informação sobre os produtos que deseja consumir, e empresas inteligentes investiram em canais de comunicação que sejam francos o suficiente para motivá-los, transitando do físico ao virtual sem alterar valores.

Tá Belicosa, mas o que isso tem haver comigo? Tudo!!!

Já parou para pensar que se esta geração consegue fazer com que a marca do café que você consome todos os dias, seja descontinuado pela empresa que o fabrica, só porque nao esta nos novos padrões de consumo dessa geração. Você também passará a ter outros hábitos e consumir produtos que antes nao fazia por indução de novos e melhores consumidores que nós. Pense nisso.

Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br



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