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Opinião
Sexta - 23 de Março de 2018 às 16:16
Por: Roberta de Cássia

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Todo cão em alguma fase da vida pode adquirir carrapatos que podem estar na grama, em cantos de jardim, de casa ou ainda no mato. Esses ectoparasitas podem permanecer no ambiente por meses sem se alimentar de sangue até encontrar seu cachorro, e é ai que mora o perigo se seu pet estiver desprotegido.

Um dono atento e precavido pode livrar seu amigo de quatro patas de uma doença terrível que pode matar.

A Erliquiose (ou Erlichiose) é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. É comum confundir os sintomas da doença do carrapato com os sintomas da Cinomose, por isso é sempre importante consultar um veterinário assim que seu cachorro se mostrar apático, triste, prostrado e diferente do normal.

Já a Babesiose Canina é causada pelo protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos).

O transmissor dessas doenças é o carrapato vermelho/marrom (Rhipicephalus sanguineus).

O carrapato é infectado quando se alimenta do sangue de um cachorro que está contaminado com Babesiose/erlichiose. O contágio se da através do repasto sanguineo, que é quando o carrapato se alimenta do sangue de um cão infectado e passa a outro cão através da saliva do parasita.

Por isso é importante ficar atento aos sintomas para saber se seu cachorro pode estar infectado e precisa de ajuda.

Se seu cão apresentar falta de apetite, apatia, cansaço, sangramentos nasais esporádicos, tosse seca, secreção nasal ou ocular é bom procurar um médico veterinário para um exame de sangue, a fim de, se descobrir a origem ou confirmar diagnóstico da doença transmitida pelo carrapato.

A doença é tratável, porém quanto mais cedo o diagnóstico mais rápido são as chances de seu cão restabelecer a saúde,por isso a atenção aos sintomas iniciais são importantes.

Vale lembrar que o mercado pet e farmacêutico veterinário existem várias opções de evitar que seu cão adquira a doença. Desde banhos de imersão, coleiras ,talcos, pour ons e comprimidos palatáveis em dose única,podem ser alternativas de uma proteção a mais, além do cuidado com a higiene do ambiente e do seu animal de estimação.

Outro alerta é que o carrapato não pode ser arrancado de qualquer jeito, pois pode deixar a “boca”, aderida ao cão e causar infecção ou alergia à pele.

O ideal é aplicar um antiparasitário antes de tirar com uma pinça. Não é recomendado esmagar o carrapato para não correr o risco de junto com sangue haver ovos e esses ainda eclodirem no ambiente(estamos falando daquele carrapato redondo cheio de sangue).

O seu cão é seu melhor amigo, então trate dele com carinho.

Patrícia Ferrer é médica veterinária CRMV – MT 4209



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