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Opinião
Sexta - 04 de Janeiro de 2019 às 10:13
Por: Edésio Adorno

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O sucesso do governo Júlio José de Campos (DEM), no início da década de 1980, tem várias explicações possíveis. Uma delas foi o apoio fundamental do então Ministro do Interior, Mario David Andreazza, durante o governo militar do general João Batista Figueiredo. Campos promoveu a integração de Mato Grosso e realizou importantes obras estruturantes.

Dante de Oliveira, por sua vez, não teria deixado sua expressiva marcano governo do estado sem a valiosa parceria do ministro de FHC, Sérgio Motta. O então epitetado de trator tucano foi um grande parceiro de Mato Grosso.

Blairo Maggi, enquanto senador e ministro da Agricultura, além de garantir pesados investimentos federais para o estado, foi preponderante para colocar Mato Grosso na vitrine global. O mundo passou a conhecer nossa terra, nossa gente, nossas potencialidades e riquezas. Maggi foi o caixeiro viajante do estado. Ele abriu mercado mundo afora para os produtos primários de Mato Grosso.

Negar a importância do senador e ministro Blairo Maggi na expansão da fronteira agrícola e pecuária de Mato Grosso seria leviandade. O homem da botina fez e o resultado aí está. Pode ser contemplado e mensurado a olho nu.

As exportações do estado melhoraram a vida em muitos municípios e tiveram peso significativo no aumento da arrecadação de impostos. O agro sustenta a economia de Mato Grosso, gera emprego e garante renda para boa parte da população. O agro movimenta o comércio, a indústria, a prestação de serviços e aquece a economia.

Quem conhece Mato Grosso sabe que Maggi foi um governador produtivo e realizador. Construiu obras de grande importância, realizou arrojado projeto de pavimentação asfáltica por quase todo o estado, implementou elogiada política de ação social, valorizou o servidor público e investiu na melhoria das condições de vida da população. Foi um gestor visionário, eficiente e determinado. Fez acontecer e gravou seu nome da história.

Enquanto Blairo Maggi, no Ministério da Agricultura, modernizava a política agrícola do País, defendia os interesses econômicos do Brasil e de Mato Grosso junto a organismos internacionais e abria mercados, Cidinho Santos ocupava sua cadeira no senado da República e exercia o mandato de forma eficiente e voltado para os interesses políticos, econômicos e sociais dos 141 municípios do estado.

Fora do senado e do governo federal, Maggi retoma suas atividades empresariais. Ele comanda uma das tradings mais importantes do Brasil – a Amaggi. Uma empresa genuinamente nacional e Mato-grossense.

Sem o guarda-chuva do poder, os oportunistas e interesseiros abrem fuga de Blairo e, por razões que o vil metal explica, se consorciam para desfazer a imagem de um home que muito fez por Mato Grosso. Coisas da canhestra política. Algo típico dos que fazem da incoerência um padrão de conduta. Nada mais asqueroso!

Já tentaram plantar a falsa notícia de que Maggi teria nascido em um berço de crime. Ignorar o pioneirismo do bandeirante dos tempos modernos, o saudoso desbravador André Maggi, é aviltar a história e subestimar quem tanto contribuiu para com o desenvolvimento de Mato Grosso. Ato injusto.

Mais recentemente, forças financiadas por inimigos do agronegócio, promovem outra infâmia contra Blairo Maggi. Tentar liga-lo ao assassinato de um produtor rural de Rondonópolis chega a ser cretino, tamanho o desproposito da torpe acusação. Se continuarem nessa toada, daqui há pouco vão dizer que Maggi teria financiado o bandido Adélio, que atentou contra a vida do presidente Bolsonaro.

Blairo Maggi já foi absolvido no STF de algumas acusações. Deve ser absolvido ou condenado em outras ações em curso na justiça. A questão aqui é outra. Blairo foi vítima de uma combinação entre Rodrigo Janot e Silval Barbosa. Colocá-lo como líder da organização criminosa do ex-governador Barbosa foi um artificio engendrado para garantir legitimidade a Procuradoria-Geral da República (PGR) para celebrar o acordo de delação premiada, que verdadeiramente premiou e garantiu a mais absoluta impunidade ao ladrão confesso de R$ 1 bilhão dos cofres públicos do governo do estado.

Alardear que a perda da imunidade parlamentar e do foro privilegiado preocupam Blairo Maggi é outra pilhéria. Se tivesse apego ao poder, Maggi poderia ter se recandidatado ao senado ou ao governo do estado. Pesquisas de opinião da época apontavam-no como franco favorito para qualquer dos cargos. Preferiu dar um tempo a política.

Desconstruir a imagem de Blairo Maggi é tentar apagar um dos capítulos mais ricos da história política de Mato Grosso. Ninguém merece. Chega de insensatez e irresponsabilidade. Respeitar a história e a biografia deste homem, que foi um grande governador, um senador exemplar e um laureado ministro, é uma questão de coerência e de gratidão por quem fez por Mato Grosso e por sua gente.

Edésio Adorno é advogado em MT E-mail: edesioadorno@gmail.com



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