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Opinião
Quarta - 11 de Janeiro de 2012 às 14:44
Por: Dirceu Cardoso Gonçalves

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Política é a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Ela está presente em todas as nossas ações e sua finalidade é o aperfeiçoamento e a consequente harmonia da sociedade na busca constante de melhores condições de vida. A palavra vêm desde a ação dos gregos em suas cidades-estado, denominadas  “polis” e surgidas no século VIII a.C. Os cidadãos – então chamados “politikos” - se reuniam na praça e decidiam os destinos e as melhorias da comunidade. As cidade de então eram pequenas. O crescimento tornou impossivel a prática pessoal, e o caminho encontrado foi o da representação. Num determinado dia, o povo é chamado a votar em eleições e escolhe, entre centenas ou até milhares de candidatos, os concidadãos para  representá-lo no Executivo e no Legislativo. No Brasil, elegemos presidente da República, governadores e prefeitos para cuidar do Poder Executivo e senadores, deputados federais e estaduais e vereadores para compor o Poder Legislativo.

Da polis até nossos dias, muita água passou debaixo da ponte. Os pensadores gestaram inúmeras formas de governo, outras se impuseram por conta de guerras e revoluções e muita coisa – boa e ruim – aconteceu. Religiões, ideologias, costumes e interesses presidiram mudanças radicais e nem sempre acertadas. Podemos dizer que hoje temos o resultado de séculos de experimentações, incompreensões, entendimentos e desentendimentos.

Política, no sentido original do termo, é o oxigênio do ar que se respira na sociedade mundial. A atividade está presente em todos os pontos onde há a presença humana e não se restringe à ação partidária. Todo ato de relacionamento entre indivíduos, grupos, ideologias, crenças e interesses é exercício político. A política começa no lar, através do relacionamento entre pai, mãe, filhos e irmãos e estende-se por sendas infinitas e inimagináveis. É através dela que as empresas, entidades sociais, organizações religiosas, agremiações esportivas e todas as áreas de interesse humano  interagem e se desenvolvem. Desde a antiga Grécia, o homem é considerado um animal político, e assim continuará enquanto viver em sociedade. Todos os seus atos são políticos, mesmo que ele não se dê conta disso.

Infelizmente, a política e político partidário tornaram-se palavrões na opinião de expressiva parcela da população brasileira. Resultado de desmandos cometidos por maus políticos e falta de uma boa solução aos seus agravos. A própria política, no entanto, pode levar à solução dos erros com a mais justa e transparente aplicação das sanções aos errantes. Para tanto, a sociedade, como titular e destinataria de todas as “políticas” precisa estar permanentemente mobilizada para, por seus meios, cobrar o cumprimento de boas políticas na administração pública, no Judiciário, na igreja, no clube, no local de trabalho, na vizinhança e em toda parte. Em vez da cômoda postura de desgostar, se afastar ou até odiar os políticos partidários, cada um do povo, deve a fazer a sua “política”, pela melhoria de suas condições de vida e da dos seus semelhantes. Quanto aos errantes a força politica da própria sociedade organizada será suficientemente forte para expurgá-los.

 

 

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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