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Opinião
Quinta - 07 de Novembro de 2019 às 08:40
Por: Licio Antonio Malheiros

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Vivemos, em uma sociedade, excludente, capitalista, revanchista, rotulada e o que é pior, desprovida de valores sentimentais aglutinadores como: amor, compaixão, solidariedade e por ai vai.

Esta narrativa tem como epicentro, as redes sociais, através do Facebook, Whatsapp, Instagram, que algumas vezes, conseguem trazer vídeos motivacionais, que de alguma forma, influenciam positivamente em nossas vidas.

Por outro lado, as mesmas redes sociais que de alguma forma, pode ser motivacional, de forma positiva, dependendo das postagens, às mesmas, poderão ser extremamente comprometedoras, desagregadoras, na vida das pessoas.

Prefiro declinar e narrar vídeos, que de alguma forma possam agregar valores positivos e motivacionais; fazendo com que, em dados momentos, reflitamos e repensemos sobre nossas vidas; se estamos sendo agentes agregadores na vida das pessoas, ou se estamos, sendo de alguma forma, agente desagregador.

A narrativa desta feita vai falar de amor, compreensão e consideração às pessoas, por mais humildes que elas possam ser, mesmo, no desenvolvimento de algum tipo de trabalho, em uma empresa ou repartição pública.

Pessoas estas, de menor quilate cognitivo, porém desenvolvendo trabalho de excelência em sua área, por mais humilde que estas possam ser.

Algum tempo atrás, o vídeo que irei declinar, circulou nas redes sociais, porém hoje, alguém o postou novamente, assim sendo, resolvi declinar sobre o mesmo, pois ele é uma lição de vida inconteste.

A história em questão aconteceu em um momento de lazer e confraternização, em uma determinada empresa, momento em que, acontecia um churrasco. Todos estão conversando e brincando, enquanto o mais humilde está agachado assando o churrasco par os demais.

Em dado momento, o chefe resolve presentear seus funcionários, ofertando-lhes, 2 Kg de picanha, e o faz, de um a um, os sorrisos de satisfação contagia a todos.

Quando chega o momento de presentear aquele funcionário humilde, que mesmo no momento de lazer está ali, assando carne para os demais.

Seu patrão o chama; na tentativa de constrangê-lo oferta-lhe uma grande bandeja de papelão, coberta por papel alumínio, assim sendo, ele não conseguia visualizar o conteúdo do mesmo.

Ele, tomado pela emoção, profere algumas palavras emocionado, dizendo, “Eu sabia, que vocês não iriam se esquecer de mim, ele faz elogios rasgados ao chefe, dizendo-lhe que, sempre soube que ele, tem um bom coração. Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, não é por má intenção, é que em casa, tenho três crianças pequenas, a minha mulher, faz anos que esta presa em uma cama, inválida, às vezes, ela passa mal à noite, ai, tenho que passar a noite acordado, por isso, durante o dia não tenho muita vontade e muito menos condições de participar das brincadeiras com vocês, é muito difícil colocar comida na mesa, às vezes, vocês acham esquisito que eu vá comer sozinho num canto, é que quase sempre não tenho nada para colocar em minha marmita, por isso, esse presente representa muito para mim, pois hoje, meus filhos irão comer um pedaço de carne”.

Assim que ele abre o embrulho, depara com pedaços de ossos pelados, fica surpreso, porém não diz nada.

Nesse momento, seus colegas tomados pela vergonha da brincadeira de mau gosto, por não entender o porquê aquele homem humilde vivia afastado dos demais, ele tinha motivos de sobra para isso.

Tomados pela emoção, se sensibilizaram com a história do colega humilde, porém um pai exemplar, que deixava de comer, para alimentar seus filhos, assim sendo, todos ofertam seus presentes ao amigo.

Moral da história, o julgamento prematuro e inconsistente; às vezes, fere mais que um tapa na cara, ou coisa parecida. Portanto, não devemos julgar ninguém, pense antes de julgar as pessoas, principalmente as mais humildes.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo



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