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Opinião
Terça - 07 de Abril de 2020 às 11:23
Por: Ramiro Azambuja

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O físico Albert Einstein, um dos maiores gênios do Século XX, escreveu que “a crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias”.

No início de janeiro o mercado imobiliário via no horizonte uma esperança de retomada do crescimento. Os números, ainda que singelos, pela primeira vez nos últimos anos apontavam para o lado positivo.

Redução da taxa de juros, oferta de crédito, novos empreendimentos, preços convidativos, aumento de vendas. Era o melhor cenário dos últimos 5 anos para os segmentos de construção civil e imobiliário. Estávamos a todo vapor, cheios de planos e elevando as metas.

Menos de 60 dias depois estamos todos num outro cenário, no meio de uma crise e tentando entender o tamanho do impacto que terá para todos os segmentos.

O setor imobiliário é um dos primeiros a sentir a retração econômica porque a reação inicial das pessoas é deixar de fazer negócios e investimentos.

Mas sou um otimista inveterado e não quero aqui ficar falando dos problemas. Eles virão e precisaremos enfrenta-los. Assim como Einstein, eu acredito que todas as grandes crises geram também grandes oportunidades e devemos ficar atentos para encontrar as melhores soluções.

Para o segmento de construção e incorporação, vale lembrar que em momentos de instabilidade econômica as pessoas buscam ativos reais e os imóveis continuam sendo vistos como moeda forte. Se as pessoas não podem sair de casa, as empresas do setor precisam se modernizar e investir mais no potencial digital para exibir seus empreendimentos, receber documentos e efetivar negócios. A tecnologia vai mudar os processos de venda ou aluguel para facilitar a vida de todos, e essas mudanças vieram para ficar.

Para quem tem um recurso guardado e liquidez de caixa, essa pode ser uma boa oportunidade para negociar e adquirir um imóvel.

As primeiras projeções preveem uma recuperação tímida ainda no segundo semestre e uma alavancada da economia em 2021. Para construtoras ou consumidores, imóveis sempre são um bom investimento a longo prazo. A construção civil gera empregos e aquece a economia de maneira rápida. Acredito que as políticas para aquecimento do crédito serão reforçadas e facilitadas para que o setor possa ser retomado.

Ainda temos muitos desafios pela frente. Precisamos ficar atentos, avaliar as rápidas mudanças de cenários e tomar decisões embasadas. Mas podemos ter uma certeza: a crise vai passar, vai trazer novas oportunidades e o que aprendermos com ela será uma lição de vida. Como diria Einstein, “a única crise ameaçadora é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.

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Diretor-Presidente da EMHA Construtora e Incorporadora



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