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Opinião
Sexta - 08 de Maio de 2020 às 06:06
Por: Ramiro Azambuja

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Em 2005, o coreano Chan Kim e a norte americana Renné Mauborgne lançaram um livro que até hoje é sucesso de venda e apresenta um conceito de negócios homônimo ao título da obra: a estratégia do oceano azul.



A ideia geral é que para superar a concorrência é mais produtivo não competir e buscar diferenciação em mercados ainda não explorados. A metáfora com o mar representa esse local onde é possível nadar livremente sem ter que enfrentar brigas sanguinárias com a concorrência.



Os setores de construção e imobiliário sempre foram altamente competitivos, até por conta do tamanho e importância. São pilares da economia nacional, representando 4% do PIB brasileiro e também um dos mais sensíveis às variações econômicas.



No Brasil, a previsão é de redução de 50% a 70% nas vendas para os próximos meses, diante do cenário econômico que o país enfrenta. O que restar do mercado será um oceano vermelho para quem estiver competindo.



Aí olhamos para Mato Grosso que, coincidentemente, é um berço das águas, concentra nascentes das principais bacias hidrográficas do Brasil, e encontramos um cenário completamente diferente.



Com a economia pautada no agronegócio, que tem características produtivas muito específicas, a região tem uma dose extra de imunidade à crise econômica advinda da Covid-19. Isso acontece porque nas regiões produtoras, que são altamente mecanizadas, as atividades não pararam, não se perdeu produtividade e não caíram os índices de emprego e renda.



São ilhas de pujança com um ciclo contínuo e menos afeitas às intempéries econômicas. Até a alta do dólar, que impacta todo o resto do país de forma negativa, nessa região representou um aumento de lucro para o setor, já que as vendas de commodities são baseadas na moeda americana.



O agronegócio tem se mostrado muito resiliente nessa que é a maior crise que já vivemos nos últimos cem anos. A produção de alimentos é o pilar da economia menos suscetível aos abalos, porque ninguém pode parar de comer e isso traz, a reboque, a manutenção de outros segmentos econômicos que têm, nessas regiões, o poder de se manter ou se recuperar de forma mais rápida.



O setor imobiliário que aposta nas regiões do agronegócio vai encontrar aí um mercado com dinheiro e maior potencial de crescimento. Para todos os segmentos de público, para morar ou alugar, residenciais ou comerciais. Até os investidores que queiram diversificar sua carteira precisam olhar para as possibilidades de imóveis disponíveis em regiões do agronegócio mato-grossense.



Nós, como construtora e incorporadora, acreditamos no eixo da BR-163 e prevemos lançamentos para diversos municípios ainda em 2020. Não são escolhas aleatórias. São decisões estratégicas tomadas a partir da avaliação de cenários e tendências.



Sabemos o potencial que as nossas águas, doces, têm para correr, desaguar no mar e formar um oceano azul.

Ramiro Azambuja

Diretor-Presidente da EMHA Construtora e Incorporadora



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