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Opinião
Segunda - 11 de Maio de 2020 às 06:22
Por: João Spenthof

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O homem sempre buscou maneiras para a geração de riqueza e a obtenção de vida longa. Na antiguidade, os alquimistas ansiavam a transformação de metais inferiores em ouro. Seus experimentos também objetivavam a criação da panaceia universal, um elixir da vida longa que seria capaz de curar todas as doenças.

Hoje ainda não existem receitas mágicas para a saúde e a bonança, mas nunca houve tamanha necessidade, justificada por esta crise sem precedentes, como muitos definiram as consequências do novo coronavírus.

O Covid-19 já ceifou milhares de vidas por todo o planeta e carrega a responsabilidade por inúmeros problemas econômicos e sociais. Quando a pandemia parece uma batalha vencida por não conhecermos a solução para este vírus, todos – dentro de nossas possibilidades – devemos assumir o compromisso de combater os sintomas que prejudicam a saúde, a economia e a sociedade. Diante desses desafios, o cooperativismo de crédito cumpre seus princípios e pode fazer muito.

O isolamento social é uma das principais medidas para a diminuição do contágio. E esta separação entre as pessoas tem se mostrado meramente física, pois todos os dias temos provas de que a união e a solidariedade ainda prevalecem em certo grau.


As empresas e governos que seguem estes bons exemplos saem na frente, pois demonstram sua humanidade e entendem que, por trás de cada CNPJ ou circunscrição, existem pessoas, e todas elas têm a pandemia como oponente.

Aliás, atingir objetivos comuns é um dos desafios das cooperativas de diversos ramos e uma das razões principais para o surgimento delas. Muitas cooperativas nasceram para suprir necessidades coletivas, valorizando o capital humano e atendendo as demandas sociais. E, neste momento, elas seguem reforçando seu compromisso social com ações e soluções que beneficiam cooperados e comunidade.

Para praticar este compromisso, as cooperativas de crédito, por exemplo, devem dedicar atenção plena e estudar caso a caso na renegociação de dívidas dos associados e na concessão de crédito.

A panaceia para a pandemia pode ainda não existir, mas é certo que o caminho para dias melhores está na união entre pessoas, na inovação e na constante busca por soluções justas e saudáveis

Também fortaleceram a flexibilidade de atendimento, alterando formatos de funcionamento para cumprir decretos municipais e/ou estaduais e ainda para oferecer serviços de forma mais organizada aos associados.

Todas as medidas que cooperam para redução da propagação do vírus são necessárias, como o estímulo ao uso de canais remotos e atendimento presencial de acordo com as recomendações dos órgãos de saúde.

Tais cuidados se justificam porque as cooperativas de crédito têm forte atuação local. Por serem mais próximas e envolvidas com a comunidade, elas conseguem identificar as demandas sociais locais com precisão para então colocarem suas ações em prática de forma pontual e eficaz, no enfrentamento desta pandemia.

Esta proximidade também contribui para o suporte aos pequenos negócios, na cidade e no campo, que podem sofrer mais intensamente neste período. Tudo isso nos leva a pensar que esta é, mais do que nunca, a hora de ratificar o verdadeiro pacto que o cooperativismo de crédito e de todos os ramos têm com a comunidade onde estão presentes.

A panaceia para a pandemia pode ainda não existir, mas é certo que o caminho para dias melhores está na união entre pessoas, na inovação e na constante busca por soluções justas e saudáveis.

O Sicredi segue mais do que nunca colocando em prática sua missão de valorizar o relacionamento, oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e da sociedade.

Para superarmos estas dificuldades, devemos atuar da maneira correta, pois como disse o filósofo grego Epicteto, “o que importa não é o que acontece, mas como você reage”. Que saibamos reagir com sabedoria, honestidade, transparência e cooperação.

JOÃO SPENTHOF é presidente da Central Sicredi Centro Norte, presidente do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) e vice-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras em Mato Grosso (OCB-MT).



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