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Opinião
Terça - 12 de Maio de 2020 às 11:32
Por: João Paulo Fortunato

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Quando o assunto é investimentos, sempre ouvimos falar que não se deve colocar todos os ovos numa mesma cesta. Em momentos de incerteza, como o que estamos vivendo agora, essa máxima nunca foi tão oportuna. Mas, como escolher a melhor opção para aplicar suas reservas, num cenário com tanta volatilidade? A resposta é: cautela e informação.

Desde 2018, vemos um movimento ascendente de brasileiros na bolsa de valores. Ano passado a bolsa bateu recordes e muito mais investidores passaram a alocar parte dos seus recursos no mercado de ações. Mas a bolsa, investimento de renda variável, logo, apresenta maior risco, assim como maior volatilidade frente à renda fixa. Foi o que aconteceu nos últimos meses, com perdas significativas e que vão demorar algum tempo, talvez anos, para serem recuperadas.

Há 60 dias, o mercado financeiro está vendo um movimento enorme de deslocamento de dinheiro para investimentos com perfil mais moderado e conservador, como é o caso da renda fixa. O momento agora é de proteger a carteira e a renda fixa, que são modalidades mais conversadoras. Pode ser uma alternativa viável, sem deixar de lado a segurança.

Contudo, mesmo dentro desse universo mais seguro, é importante entender a composição da sua cesta de ovos e qual o prazo de uso do seu dinheiro, antes de decidir a melhor opção que se adeque ao seu perfil e seus objetivos de curto, médio ou longo prazo.

Curto prazo é aquela reserva de emergência, que você pode precisar de uma hora para outra. Importante atentar-se à liquidez e o risco do investimento, haja vista que precisará do recurso disponível em um pequeno espaço de tempo, priorizando a segurança do dinheiro.

Na cesta de longo prazo deve entrar aquele dinheiro que não será utilizado de imediato, cujos investimentos serão destinados a metas a partir de 5 anos, acumulando recursos para uma aposentadoria confortável, futuro dos filhos, entre outros. Nesta opção, o investidor busca maior rentabilidade nos produtos financeiros disponíveis, aproveitando o efeito dos juros compostos ao longo no tempo.

Na renda fixa de curto e médio prazo, a sua cesta pode ter RDC’s, CDB’s, Tesouro Direto, Letras Financeiras e Fundos de Investimentos. No longo prazo, você vai encontrar, além dos investimentos citados, ações, títulos privados e debêntures de empresas. As opções são muitas, mas em qualquer uma delas é sempre importante analisar as taxas, tarifas e impostos envolvidos, pois isso impacta diretamente na rentabilidade final de seus investimentos.

Para os investidores que são associados à uma cooperativa de crédito, essas instituições financeiras oferecem algumas vantagens em seus produtos de renda fixa, como é o caso da Unicred Mato Grosso, pois além da rentabilidade do investimento em RDC (Recibo de Depósito Cooperativo), as sobras geradas ao final de cada exercício, que são o resultado operacional da cooperativa, são distribuídas anualmente a todos os associados, rentabilizando ainda mais os seus investimentos.

Diversificação sempre foi palavra de ordem no mercado financeiro. A sua carteira de investimentos deve ser composta por diversos ativos, com variados níveis de risco, prazos e liquidez. Em momentos de crise, um investimento deve compensar e equilibrar o outro, minimizando eventuais perdas em suas aplicações.

Se você tiver que escolher quais ovos colocar em sua cesta agora, sobretudo, quanto às novas aplicações destinadas a curto e médio prazo, sugiro atenção e que considere o investimento de parte de suas economias em renda fixa. Em cenários voláteis e imprevisíveis, manter a cautela e buscar orientações de especialistas é de suma importância para manter os seus investimentos protegidos.

João Paulo Fortunato

Consultor Financeiro e Vice-Presidente da Unicred Mato Grosso



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