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Opinião
Quinta - 28 de Maio de 2020 às 09:17
Por: Renato Nery

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A expressão que encima este artigo continua atual. Foi retirada da Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita para o Rei Dom Manoel I de Portugal, em 01.05.1.500, e somente foi publicada, no ano de 1818, para dar notícia do descobrimento do Brasil. E até hoje ela continua atual, pois as terras brasileiras continuam férteis, muito férteis o que coloca o Brasil com um dos maiores produtores de grãos e carnes do mundo, cultivando menos de 30% do território (8.516.000 km2), com mais de 80% de sua área agricultável.

Um fato histórico curioso é que os bandeirantes que exploravam o interior do Brasil, levavam ramas de mandioca e umas sementes de milho que plantavam no itinerário de suas incursões e quando voltavam, meses depois, lá estavam os mandiocais e os milharais para alimentá-los em cozidos e frituras que eram misturados com carne de caça.

A prova da fertilidade e da nossa abundância é comprovada quando encontramos plantas crescendo nos mais insólitos lugares. Outro dia em vi um pé de milho crescendo nas fissuras de uma Lage de cimento armado. Perto do meu escritório tem um prédio grande com placas de aluga-se, há muitos meses. Ao redor de algumas paredes tem uns canteiros, onde o guarda muito engenhosamente plantou umas ramas de mandioca, cujos pés já estão grandes e eu passo por lá a pé e sempre lhe pergunto quando será a colheita. Ele tem me afirmado ultimamente que será breve.

Comecei este artigo com a intenção de falar sobre a mandioca e a sua imensa utilização na culinária braseira. Ela é originária do Continente Americano, mais especificamente dos Andes de onde são originários a maior parte dos tubérculos do mundo. Conhecida, também, como aipim e macaxeira foi levada para a África – maior produtora de mandioca do mundo - onde é base alimentar daquele Continente. Isto é história. Entretanto, o que seria da culinária nacional sem farofa, mandioca cozida, pirão, pão de queijo, maizena, tutu, feijão com farinha ou arroz, beju e escondidinho que ajudaram a tornar a nossa culinária umas das mais apreciadas do mundo.

Enfim, enquanto os olhos da cobiça, da ganância e da mercancia tentam liquidar com as nossas florestas e dizimar o que ainda resta dos índios e de sua cultura, é bom lembrar que o Brasil com a se explora menos de 30% dos seu território. Entretanto, não aprendemos a conta de dividir e repartir com parcimônia o que a natureza e o criador nos legaram com a maior boa vontade. Alguns especialistas afirmam que sairemos da pandemia corona vírus com facilidade, pois somos um do maiores produtores de alimentos do mundo

Não nos falta a nutritiva mandioca, batata, banana, carne, arroz, feijão, soja, milho e etc. tudo em profusão para nos alimentarmos regiamente. A abundância é tanta que nos tornamos néscios e não aproveitamos devidamente o que temos e não tiramos o Pais da rabeira do Terceiro Mundo.

Eu já disse que Deus não é brasileiro, mas me penitencio, pois somente um conterrâneo para nos dá tudo, com tanta abundância e tão grande boa vontade.

Renato Gomes Nery. E-mail – rgnery@terra.com.br



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