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Opinião
Quarta - 17 de Junho de 2020 às 06:18
Por: Nathalia Cordeiro

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A secretaria do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso, por meio de suas redes sociais, informou que para este ano de 2020, será antecipado o período proibitivo de queimadas, o qual começará no dia 01 de julho e se estenderá até 30 de setembro.

Lembrando que no ano de 2019 o período começou no dia 15 de julho e se estendeu até o dia 15 de setembro daquele ano, desta forma, ficará proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo durante esses meses, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grandes proporções.

Dentro do Estado de Mato Grosso, os órgãos ambientais responsáveis pela fiscalização, são: ICmBio, IBAMA, SEMA, Policia Ambiental e os Bombeiros, e agora por meio de um decreto chamado, Decreto de Garantia da Lei e da Ordem, temporário do Governo federal, o Estado contará com o reforço das Forças armadas e a Polícia Federal que irão participar das Fiscalizações.

O INPE - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, divulgou no dia último 09 de junho de 2020, a taxa consolidada de desmatamento por corte raso de 2019 dos seguintes Estados: Mato Grosso com 16,80%, Pará com 41,19%, Amazonas com 14,16 % e Rondônia com 12,41 %, que corresponde a 84,56% de todo desmatamento na Amazônia Legal Brasileira.

Me preocupa o que tenho visto nos noticiários nos últimos dias, uma vez que as queimadas no biôma amazônico em geral, vem tomando uma proporção tamanha, passando longe de respeitar a certa taxa de desmatamento existente.

Meus caros, vocês já pararam para analisar que essas notícias, elas acabam recaindo e afetando a imagem do produtor rural brasileiro, da agricultura brasileira? Quando na verdade, quem está fazendo o desmatamento são os chamados grupos, conhecidos como a “TURMA DO DESMATAMENTO”, os quais não chegam nem perto da agricultura moderna e tecnológica que o Brasil faz e vem sendo usada para alimentar os brasileiros e o mundo.

A imagem que se faz lá fora (exterior), se constrói a partir dessas informações do desmatamento da Amazônia, e é utilizada obviamente na disputa comercial que existem entre os agricultores estrangeiros e brasileiros, e nessa linha de raciocínio podemos enxergar que o problema ambiental por si só já preocupa, se tornando angustiante, porque ele pode possa vir afetar os negócios comerciais da agricultura brasileira.

Posto isto, é de se esperar que, quando superando o pesadelo da pandemia, o Brasil entrará em um novo pesadelo que será superar o desmatamento da Amazônia Legal causado pelo ano de 2020.

Nathalia Cordeiro é especializada em Direito Agrário e Agronegócio.



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