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Opinião
Sexta - 26 de Junho de 2020 às 05:18
Por: Ed Wilson Júnior

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O mundo está passando por um momento obscuro na sua história de saúde pública. Isso porque estamos convivendo com uma pandemia como a mais de cem anos não se via no Planeta, como a Gripe Espanhola em 1920 que matou 500 milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive em território brasileiro. Hoje o coronavírus tem assustado pessoas e autoridades públicas. Pois é um vírus desconhecido e com alta taxa de letalidade.


A rotina de bilhões de pessoas foi alterada, devido ao isolamento social as pessoas começaram a ficar em casa. Assim como há pessoas de bem, há pessoas com caráter duvidoso, que cometem crimes. Usam especificamente a tecnologia para cometê-los. Só em 2019 o Brasil sofreu, conforme apontado pelo Site Tiinside (2020), mais de 24 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Mas os crimes cibernéticos que avançaram com o uso das ferramentas tecnológicas, têm pela frente os órgãos de controle que fazem também o uso delas para apurarem e encontrar infratores e seus delitos.

Uma das tecnologias que tem se mostrado a favor das autoridades é o uso da Inteligência Artificial (IA). Ela, que era demonstrada somente em filmes de ficção, já está presente no nosso dia a dia. A IA busca conceitos e/ou mecanismos que possam simular de forma similar a capacidade do ser humano de resolver problemas, pensar em soluções, comunicar-se, raciocinar, dentre outras capacidades.

A inteligência artificial está presente nos smartphones, nos aplicativos que buscam dados rapidamente. A área policial a usa para cruzamento e análises de informações que correm pela internet. São capazes de compreender movimentações de informações e ações estranhas às legislações e normas.

Por isso, as empresas devem tratar o assunto e o uso da Inteligência Artificial sem amadorismo. Devem ter um profissional habilitado na área para montar seus padrões tecnológicos de serviços. Se assim não o for, podem amargar prejuízos cometidos pelos cibercriminosos. Contudo, podem ter a imagem de sua empresa abalada pelo uso impróprio de vendas pela internet.

Com a pandemia, as pessoas começaram a realizar compras pela internet. Isso para facilitar ao bem que desejam sem sair de casa devido ao isolamento social, que foi um prato cheio para os golpistas. Muitos deles invadem o whatsApp das pessoas e roubam dados pessoais como documentos sigilosos, pessoais e dados bancários.

Isso tem provocado preocupação entre as pessoas que recebem invasões em seu celular e só se dão conta quando algo de muito ruim se apresenta, como sumiço de recursos financeiros e outros dados. Em relação aos bancos e outros setores financeiros, a busca por uma tecnologia que blinde essas invasões tem custado muito a eles. O valor gasto por eles podem chegar a 2 bilhões por ano

Estudos apontam que num futuro próximo, a Inteligência Artificial será capaz de coibir ações danosas às pessoas. As empresas investirão cada vez mais nesses recursos tecnológicos sendo muito mais eficientes que muitos antivírus mais potentes. Isso porque a IA terá uma conectividade contínua e saberá, através de análises constantes de dados e informações, detectar em tempo real os intuitos de invasão de sistema criminosos e imediatamente reportá-los para o setor policial. Além disso, será capaz de fazer um mapeamento das falhas em sistemas de segurança e apresentá-las a especialistas que farão adequações sobre eles.

Outro exemplo de suporte que a IA pode oferecer em relação à cibersegurança quando aliada com o Cyber Range, que é uma plataforma que auxilia no discovery da rede, que apontaria as vulnerabilidades de sistemas e desafiaria as equipes de segurança a criar defesas cibernéticas. Outro ponto benéfico da IA artificial na segurança dos que usam a internet, estaria numa forma rápida e eficaz de aprendizagem quando esta usa o machine learning.

Como todo o processo de aprendizagem é demorada e muita vez complexa, muitas das universidades pelo Brasil têm oferecido formação a profissionais que estejam habilitados a implantar metodologias e conhecimento em seus lugares de trabalho para preservação da imagem e dos negócios das organizações, sobretudo fazer com que o consumidor seja preservado nas transações comerciais.

Dados recentes mostram que as compras realizadas pela internet têm subido a cada dia devido a pandemia. Um relatório expedido pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) retrata que somente na área de saúde o aumento foi de 111%. Os supermercados em relação ao mesmo período do ano anterior tiveram um aumento de 80%. Beleza e perfumaria com um percentual passando os 83%.

Se de um lado pode parecer bom para a economia do Brasil e das organizações, por outro, confrontado com dados apontados pelo Site Tiinside (2020) mostra que as empresas devem investir em sistemas de proteção aos clientes externos. Pois esses quando caem em golpes, ficam desconfiados com as plataformas de negócios.

A Inteligência Artificial e a cibersegurança devem estar coesas. Se tornando áreas que fomentem novos negócios e novos processos de segurança, investigação, análises e acima de tudo se tornem importantes aliadas na esfera policial para combater crimes que prejudicam a rede de comunicação e negócios promovidos pela internet.

Portanto, é preciso usufruir dos instrumentos tecnológicos não somente para lazer e entretenimento, mas fazer dela caminhos de aprendizagem para ficar sempre atento a golpes, que estão longe de serem primários, são muito bem elaborados que confundem muitos especialistas na área, sobretudo tudo é capaz de burlar sistemas “seguros”.


Ed Wilson Júnior –
Analista de sistemas, professor e Doutorando em Computação Aplicada–
edwjr7@edu.unisinos.br

Higor Diniz Bravo – Estudante de Informática - higordinizti@gmail.com

Alinni Fátima França– Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas – alinnifatima@gmail.com



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