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Opinião
Sábado - 04 de Julho de 2020 às 07:19
Por: Onofre Ribeiro

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Escrevi um artigo confessando que não sei, neste momento, o que escrever. Tal é a confusão que reina pra todo lado. Muito boa a repercussão.

Porém, hoje gostaria de entrar por outra linha do mesmo tema. A esperança coletiva de que líderes venham nos salvar. Este é um raciocínio histórico e torto na cabeça dos brasileiros. Terceirizar o seu bem estar e a sua felicidade! Pra isso, brasileiros sempre precisaram de líderes pra apontar o caminho e guiá-los na direção do seu destino.

O professor João Edisom abordou brilhantemente esse tema na semana passada em artigo publicado em diversos sites no estado. Concordo com ele completamente.

A tecnologia abriu voz pra todos. Basta ter um smartfone e uma conta na operadora. Com poucos reais e uma conta numa das diversas redes sociais rodo mundo. E qualquer um tem voz. É bom lembrar que a mídia tradicional que sempre foi a voz oficial não tem mais o poder que já teve. As redes sociais são redes. O que são redes?

A esperança coletiva de que líderes venham nos salvar. Este é um raciocínio histórico e torto na cabeça dos brasileiros

São grupos de pessoas afins ou não, que se conhecem ou não, que moram na mesma região ou não. Mas interagem livremente no celular.

A educação tradicional brasileira foi construída no Império e veio até hoje aperfeiçoando a arte de emburrecer os brasileiros. Gente burra não pensa! A prova é que o poder político é hereditário. Por que? Pra preservar grupos de poder, fortunas pessoais, empresas e grupos de negócios familiares. Busque na sua memória e responda você mesmo!

Na década de 1930 tivemos Getúlio Vargas, grande líder popular. Na década de 1960, Juscelino Kubitscheck e Jânio Quadros. Na década de 1980, Tancredo Neves e José Sarney. Na década de 2000, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Esse tempo acabou.

A sociedade tornou-se muito complexa e abrangente pra ser guiada pela cabeça de um homem ou até mesmo de um partido político ou de um grupo. A sociedade caminha pra ser autora de si mesma. No Brasil isso vem com longo atraso. Mas se vier, ficará ótimo!

A crise da Covid 19 traz essa possibilidade. O Estado brasileiro vai sair ferido de morte. Sem dinheiro. Sem capacidade de responder aos novos desafios do país e do mundo. Terá que se reinventar. O mundo todo está se reinventando!

Os novo líderes, nesse ambiente, agirão em rede. Líderes atraindo líderes numa longa e ilimitada pirâmide de responsabilidades e de funções coletivas. Pirâmide sem chefe. Funcionando pela interação coletiva dos coordenadores. Aprendizado novo. Ótimo que seja assim.

Voltarei ao assunto.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso



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