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Opinião
Quinta - 09 de Julho de 2020 às 06:14
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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A esperança é um sentimento que passou a fazer parte de nossas vidas com a frequência dos milésimos de segundos devido a falta de solução para o combate a esse vírus que se instalou entre nós como a primeira das sete pragas do décimo-sexto capítulo do Livro do Apocalipse.

O medo que nos aflige com força e vigor é proporcional aos riscos da contaminação que se avizinha e nos faz viver dilemas diários. O tempo e mesmo sua falta é um deles na medida em que os casos fatais vão se acumulando e as opções de cura pela ciência não se mostram eficazes.

Está claro que as possibilidades de abrandamento da pandemia através dos cuidados pessoais e coletivos não estão surtindo os efeitos necessários por aqui. Por outro lado, a possível utilização de medicamentos alternativos, ainda que preventivamente ou na fase inicial da virose, não são unanimidade entre os profissionais de saúde. Alguns até os utilizam e recomendam outros os condenam, enquanto isso a doença avança impiedosamente.

Critérios também não científicos (se não há comprovação de eficácia também não há de ineficácia) vêm sendo utilizados para desqualificar a utilização massiva dos kits de medicamentos enquanto que inescrupulosos se servem da dúvida criada como munição política.

A esperança é um sentimento que passou a fazer parte de nossas vidas

Na dúvida, essa situação pode estar levando pessoas menos esclarecida à pior das opções: se medicar por conta própria com riscos de eventuais efeitos colaterais. De outra forma, quando aos primeiros sintomas procuram por suporte médico nos locais indicados estão sendo orientadas a voltar para casa levando muitas das vezes a virose a atingir estágios avançados e arriscados.

A esta altura dos acontecimentos alegar que este tipo de procedimento está diretamente relacionado a disponibilidade de leitos de UTI e de internação mostra a incoerência das autoridades que deveriam ter tomado providências concretas nesse sentido a tempo de evitar o caos a que chegamos. Condições e tempo tiveram.

Queiramos ou não, aqueles outros medicamentos ditos sem comprovação científica contra o vírus se não têm os efeitos comprovados certamente são os placebos da esperança porque produzem efeitos fisiológicos positivos e milagrosamente melhoram os sintomas a ponto de ajudar a curar.

Parece ser o que está acontecendo na Índia, no Continente Africano e mais recentemente Belém do Para e outras cidades do Brasil.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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