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Opinião
Quarta - 29 de Julho de 2020 às 11:40
Por: Ramiro Azambuja

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Os especialistas são unânimes em dizer que aceleramos uma década de avanço digital nos negócios apenas nas primeiras semanas da pandemia. Mesmo que ainda não tenhamos números e pesquisas, basta olhar para o lado para perceber que essa é uma verdade. E mais do que isso, que o mundo jamais vai voltar aos patamares anteriores.



Quem ainda não vendia por e-commerce, correu para formatar a plataforma do novo canal de negócios. As empresas que ainda não dispunham de presença digital, buscarem alternativas para manter seus relacionamentos e serem localizadas pelos clientes no universo digital. Até o vendedor de pamonha, que atendia na esquina, passou a entregar por aplicativo.



Todos os negócios, sem exceção, estão sendo impactados pelas mudanças exigidas pelo momento. E para o mercado de construção e imobiliário, como isso afeta?



Para além da adaptação dos projetos para atender a demanda de home office, que veio para ficar, um outro aspecto chama muito a atenção e é uma janela de oportunidades para as construtoras.



As novas tecnologias digitais permitem a descentralização e invertem o vetor de geolocalização dos negócios. Se antes as grandes empresas e a mão de obra ficavam concentradas nos grandes centros urbanos, agora elas perceberam que podem estar em qualquer lugar.



Soma-se a isso outras duas grandes tendências presentes no mercado brasileiro e mundial: o bem-estar e a sustentabilidade. As pessoas buscam cada vez mais qualidade de vida e querem fugir dos engarrafamentos e horas desperdiçadas no trânsito. Querem morar perto de áreas verdes, fazer deslocamentos menores, usar menos o carro.



A internet permite que se tenha acesso a todos os produtos e serviços e instituiu, nos últimos três meses, novas formas de trabalho e atendimento das demandas nos negócios.
A consequência: vamos ver cada vez mais as empresas e as pessoas optarem por estar próximos das áreas de produção. Isso é uma vantagem estratégica para o interior do Brasil, especialmente para as áreas de potencial agropecuário.



O movimento de interiorização dos grandes negócios exige que o mercado de construção esteja preparado para atender as especificidades e possa oferecer a infraestrutura necessária para que o trabalho aconteça onde quer que as pessoas estejam. Residências e centros comerciais inovadores e que atendam as novas necessidades são prementes.



As grandes regiões produtoras de Mato Grosso serão os novos endereços de inúmeras empresas nos próximos anos e quem conseguir integrar mais rápido o digital e o real, vai sair na frente para crescer.



Ramiro Azambuja
Diretor Presidente da EMHA Construtora



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