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Opinião
Domingo - 13 de Setembro de 2020 às 07:14
Por: Márcia Bezerra

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Lidar com a Era da Informação, viver diferentes crises (sociais e políticas) reaprender, reinventar, inovar são desafios coletivos.

Neste novo mundo é preciso desenvolver e promover diferentes habilidades, como a autonomia, uma capacidade que precisa ser vivenciada. “Estudos internacionais revelam que quem desenvolve criatividade, cooperação, autoconhecimento e resiliência está mais preparado para construir relacionamentos, continuar estudando, procurar estabilidade, equilíbrio e cuidar da sua saúde”, afirma Simone André, gerente-executiva de Educação do Instituto Ayrton Senna.

Para enfrentar os desafios do século 21 não basta frequentar as aulas (presenciais ou remotas) e decorar conteúdo. É preciso mais. Uma das habilidades necessárias é a de aprender a aprender. Ou seja, de maneira autônoma, construída no decorrer de sua experiência escolar, o estudante precisa saber não só o que, mas também como estudar.

Não basta mais ficar sentado na sala de aula, recebendo os conteúdos e sentir que o trabalho todo está feito ao estudar para uma prova

“Trata-se de desenvolver capacidades para você aprender como disciplina, foco, precisão. E isso pressupõe criatividade, responsabilidade e concentração”, explica o professor Sergio Ferreira do Amaral, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Aprender a aprender é a autonomia do estudante em gerir sua própria aprendizagem. Não basta mais ficar sentado na sala de aula, recebendo os conteúdos e sentir que o trabalho todo está feito ao estudar para uma prova. O aluno vai sendo preparado para assumir um papel de protagonista, sabendo identificar aquilo que é de seu interesse.

Entre as muitas incertezas trazidas pela pandemia de covid-19, um fato está dado: a escola não será mais como antes. A suspensão das aulas presenciais convocou gestores e professores a repensarem modelos e estratégias de ensino e aprendizagem. E colocou os alunos para desempenhar papéis mais ativos na construção de seu conhecimento.

Colocou as famílias como colaboradoras desse processo que, hoje, acontece no espaço da casa. Além disso, reiterou a importância de pensar uma pedagogia contemporânea, que considere e integre as tecnologias digitais ao ensino. Esses aprendizados não deverão se perder.

Os professores têm se mostrado competentes na ação contínua de reinventar novas técnicas e de usar diferentes metodologias para proporcionar experiências, propor desafios, interagir com os alunos e, também, de achar soluções.

Através das dificuldades, nos unimos para levar adiante nossa missão. Ficou claro que não conseguimos nada sozinhos e que voltar nosso trabalho para o desenvolvimento de crianças felizes, potentes e livres, com autonomia de escolha e bem preparadas, é nossa maior realização.

Márcia Bezerra é pedagoga com especialização em Psicopedagogia e diretora geral da Escola Chave do Saber (ECSA), em Cuiabá



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