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Opinião
Sábado - 07 de Novembro de 2020 às 08:54
Por: Licio Antonio Malheiros

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País das contradições, dispormos de uma legislação ambiental de primeiro mundo, pelo menos no papel, porém a falta de conscientização e sensibilidade por parte de alguns pescadores chega a assustar, principalmente pela pesca predatória, com a utilização de redes quilométricas, que acabam tirando toneladas de peixes dos nossos rios, principalmente nas Baias de: Sia Mariana e Chacorore, ambas localizadas no município de Barão de Melgaço.

É bom explicarmos o que é período de defeso; é o período em que as atividades de caça, coleta e pesca esportiva e comerciais ficam vetadas ou controladas por uma temporada estabelecida; auxiliando assim, na manutenção do estoque pesqueiro.

Nesse período proibitivo da pesca, período de defeso, que teve início a partir da (quinta-feira) 1 de outubro, momento em que as atividades pesqueiras estão proibidas nos rios de Mato Grosso, para que os peixes subam os rios para desova.

Nesse período, os pescadores profissionais não ficam desamparados, nesses 5 meses, os pescadores profissionais devidamente cadastrados nas Colônias dos pescadores, recebem o “seguro defeso” no valor de um salario mínimo mensal.

Mesmo assim, alguns pescadores insistem na prática da pesca predatória, se utilizando, de redes quilométricas para prática da pesca irregular e depredatória.

A fiscalização em nossos rios é feita pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e pelo Batalhão Ambiental de Polícia Militar (BPMPA), que em 1 mês e poucos dias de proibição da pesca, já fizeram inúmeras apreensões de pescado e de material de pesca predatória como redes.

Recentemente, a (SEMA) através da Coordenadoria de Fiscalização de Fauna, tendo como Coordenador da mesma, o Major Jean Carlos Holz, o mesmo, designou uma fiscalização intensa no Município de Barão de Melgaço.

No dia 3 de novembro, os fiscais Jairo Marques, e Adilson Padilha, juntamente com dois policiais do 9º Batalhão, os soldados: Sonda e Santana; avistaram uma canoa com dois pescadores armados e com redes, assim que avistaram a fiscalização, os mesmos, evadiram do local, deixando para trás os artefatos utilizados na pesca predatória, a somatória das redes apreendidas mediu 800 metros, fato este, ocorrido na baía de Porto de Fora, isso é um absurdo.

Trocando em miúdos, para nós que somos adeptos da pesca esportiva e amadora, e que obedecemos rigorosamente os ditames da lei, acabamos sendo penalizados, pois quando termina o período proibitivo; por conta dessas agressões através da utilização de redes e outros materiais ilícitos. Restando a nós pescadores esportivos e amadores, a ausência de várias espécies de pescado.

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.



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