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Opinião
Sexta - 04 de Dezembro de 2020 às 18:20
Por: Licio Antonio Malheiros

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Vivemos em um país marcado por profundas desigualdades: políticas, econômicas e sociais. A desigualdade social no Brasil é um problema sistêmico, as desigualdades existentes tem como vertente uma série de fatores, entre os quais: má distribuição de renda, corrupção sistêmica, vilipendiação dos valores éticos, morais e institucionais.

Para combater as desigualdades sociais exacerbadas no Brasil, necessário se faz, combater o cenário de injustiça social e construir uma sociedade mais justa e igualitária, além da existência por parte dos gestores públicos, de maior: coerência, disciplina e uso coerente dos recursos públicos.

Vamos de forma empírica definir como está dividido o Ministério Público no Brasil, divide-se em Ministério Público da União (MPU) e o Ministério Público do Estado (MPE).

Como iremos declinar, sobre o (MPE) de Mato Grosso, que é uma instituição que atua na defesa dos interesses sociais e indisponíveis, como o direito à vida, à moradia, à liberdade, à educação, ao trabalho, à cidadania, dentre outros.

O papel primordial do (MPE), é o de fiscalizar as leis, atuar, na defesa da ordem jurídica e do regime democrático, defender o patrimônio cultural, o meio ambiente, os direitos e interesses da coletividade como os das comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso.

Olha que coisa linda, chego a emocionar, diante de tantas atribuições e funções delegadas a um poder constituído, o Ministério Público Estadual (MPE).

Até, deparar-me com uma notícia esdrúxula, imoral, vergonhosa, arbitraria e por aí vai; de que, esse mesmo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), vai gastar a bagatela de R$ 2,2 milhões com a compra de 400 smartphones, do tipo Iphone 11 e Samsung Galaxy de última geração, com câmera tripla, memória acima de 100 giga e cores específicas, por certo, esses senhores irão falar com a National Aeronautics and Space Administration (NASA), só se for.

Dói em meu coração, saber que existem inúmeras escolas públicas em Mato Grosso, que não tem se quer um ventilador para os alunos, água para beber, em algumas delas nem tratada é, falta merenda escolar, ensino precário e de baixa qualidade, em função dos baixos salários aos docentes, e por aí vai.

Enquanto isso, o nosso glorioso (MPE), vai gastar R$ 2,2 milhões com tecnologia de ponta para atender uma minoria os apropriados do capital.

As benesses não param por aí, se um de nós reles mortais, precisarmos de atendimento médico-hospitalar, caso não tenhamos um plano de saúde, só nos restará, Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Enquanto isso, nossos promotores e procuradores de Justiça; pasmem os senhores, cada um deles poderá receber R$ 1,5 mil a título de “auxilio saúde”, que antes coitadinhos era de apenas R$ 1 mil.

Olha, nunca se viu tanta mordomia e vida nababesca para alguns; em detrimento de milhões de brasileiros que vivem com R$ 1.045,00 ou seja R$ 34,63 por dia, quanta diferença.

Pare o mundo, quero descer!

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.



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