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Opinião
Quarta - 16 de Dezembro de 2020 às 09:08
Por: Zema Fernandes

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Na medida do exequível caminha a gestão pública, pois muitos são os desafios do gestor em um município, independente do seu porte, cada qual com suas dificuldades e muitos problemas em comum, que comparados ao tamanho da receita municipal, se tornam gigantescos; sabemos que o cobertor é curto.

Um dos grandes desafios enfrentados pelos gestores é aumentar a arrecadação própria através de convênios de cooperação com órgãos federal, que nos garantem a receita total do tributo, de forma que o índice de participação do município frente ao ICMS tenha um ganho real.

Prefeitos e prefeitas de todo Brasil, recém eleitos, devem ter a pauta econômica em suas agendas, através de uma política fiscal tributária séria, sim, e os resultados vão surgir. Entretanto, isso não é fácil, já que a grande maioria da população quer apenas benefícios e melhorias sem o peso de contribuir. Talvez seja culpa dos gestores que ao longo de décadas não devolveram à população ações em conformidade com os recursos tributados dos mesmos.

A roda já foi feita há muito tempo e sempre devemos nos lembrar que são apenas 4 anos de um mandato concedido pelo povo, então não devemos tomar decisões sem consulta à população, chamamos de Gestão Participativa.

- Mas o que é essa Gestão Participativa minha gente?

Como o próprio nome diz é trazer para a gestão a voz, a opinião, os anseios do povo. Como vivi na pele, posso dizer que, onde não há a cultura de inclusão popular na gestão o processo é um desafio, pois muita gente não acredita que possa compor um grupo relevante que chame a atenção do gestor, que não estamos falando sério. Isso só muda quando começamos a executar ações após as audiências de planejamento realizadas com a população.

Eu envolvi agenda econômica e gestão participativa porque o sucesso da agenda econômica irá depender das ações realizadas pelo gestor, caso contrário as pressões externas irão sucumbir a agenda econômica e serão quatro anos sem dar respostas que o povo nas ruas quer. Somente com planejamento e participação social faremos a diferença a frente de nossos municípios.

Zema Fernandes é prefeito de Nortelândia e presidente do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai.



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