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Opinião
Terça - 30 de Março de 2021 às 05:39
Por: Francisney Liberato Batista Siqueira

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Conhece aquele casal que vive como se o mundo fosse acabar? Ficam juntos 24 horas mental ou pessoalmente. Quem sabe você já foi assim um dia, ou ainda é.

Passa o tempo e aquele encanto ainda continua, só que agora o homem se torna uma pessoa possessiva e ciumenta. Vive monitorando e observando a namorada em todos os momentos, como se quisesse controlar a vida dela.

Na vida daquele homem não existe nada e ninguém para alertá-lo sobre a situação na qual se encontra. Ele está preso em outra dimensão, e não são os pais, os amigos e os familiares que o fazem pensar de forma diferente. Nada muda, pois está fissurado naquela menina. O namorado não quer mudar.

Por outro lado, a menina está se sentindo sufocada tendo a sua vida limitada e sem liberdade. Todavia, está muito apaixonada ou simplesmente é dependente emocional do namorado, mas ainda não tem ciência do fato. Ela não consegue se desgarrar das mãos daquele jovem. Ela quer mudar, ser uma nova mulher, quer desviar o foco e passar a estudar mais, estar presente na companhia dos familiares e amigos, pretende buscar um emprego e novos horizontes, enfim.

Conhece aquele casal que vive como se o mundo fosse acabar? Ficam juntos 24 horas mental ou pessoalmente. Quem sabe você já foi assim um dia, ou ainda é

Ela tenta mudar, tenta desistir do jovem, deseja ter uma nova vida. Ela não quer mais ser controlada por ninguém, mas a paixão ou a dependência emocional é mais forte que ela. Ela não possui forças suficientes para reorganizar a sua vida, pois está emocionalmente “presa” em um relacionamento abusivo.

O conselho de Hebreus diz: “o pecado que se agarra firmemente em nós”. O pecado nada mais é que a transgressão da lei. É não observar e não cumprir os princípios da vida estipulados por Deus. A sua ação (ou omissão) tem o intento de querer fazer a vontade do próprio “eu” e não de obedecer aos desígnios do Pai Celestial.

O pecado está disposto a ficar diuturnamente acompanhando a sua vida, esperando que você tropece, para depois te acusar e humilhar. Muitas vezes você não quer o pecado, mas ele é persistente e quer agarrar e amarrar você, firmemente, de todas as formas.

O não agir e a falta de atitude já demonstram uma fragilidade e permitem, mesmo que indiretamente, que o pecado corrompa o nosso ser.

Na história imaginada, que também representa muito das nossas vidas e dos nossos relacionamentos, o namorado representa o pecado, e a namorada, o ser humano.

A namorada cedeu ao encanto do namorado e vive com ele um relacionamento abusivo, pois ele sempre vai se apresentar como um ser bom, educado, feliz, companheiro, apaixonado, mas com o tempo demonstrará a sua verdadeira face. A namorada deu brechas e se apaixonou pelo namorado, consequentemente, o vínculo foi criado.

Paixão inconveniente, por quê? A partir do momento em que você se encontra nas garras do pecado, dificilmente consegue sair. Vive aprisionado. Mesmo querendo buscar novas perspectivas de vida, não tem forças para quebrar esse vínculo, pois o pecado é uma armadilha, e temos dificuldades de nos desvencilharmos dele.

O pior de tudo isso, sabendo que o pecado, o “namorado”, não vai largar de nós, ainda assim, vacilamos e permitimos que ele entre em nossas vidas. Assim, a paixão inconveniente instala-se em nosso DNA.

Enfim, devemos nos atentar para que possamos deixar tudo para trás e buscar um “novo namorado”, pois o atual nos aprisiona e machuca o nosso ser. Por Deus nos tratar como únicos, Ele quer e pode ser o nosso novo namorado, e assim dar a nós uma vida com propósitos voltados para o bem e livres do pecado. Aquela paixão inconveniente já não mais existirá. O vínculo foi quebrado por aquele que tudo pode.

Francisney Liberato Batista Siqueira é auditor público externo do Tribunal de Contas de Mato Grosso.



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