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Opinião
Quinta - 06 de Janeiro de 2022 às 06:26
Por: Renato Gomes Nery

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Algo está podre no Reino da Dinamarca. Esta é a citação de uma expressão de Shakespeare, na peça Hamlet. É uma alusão à corrupção, ao incesto, a vingança aos assassínios que ocorrem no reino. O quem isto tem a ver com o Brasil, aparentemente nada. Entretanto, alguma coisa está podre ou sempre esteve neste País e que no fundo tem as mesmas motivações que levaram a conclusão do ilustre escritor.

Aqui tudo pode ser feito e desfeito. Basta ser da conveniência dos mandarins do Governo. Tudo pode ser violado, inclusive, preceitos, leis, princípios a moral e a lógica. Arroba-se a porta e depois ampliam-se os saques.

Inventaram o Fundo Partidário para custear as eleições que passaram a ser financiadas pelo dinheiro público e, neste momento, a janela foi arrombada. Ficaram à socapa e arrombaram a porta e o montante do Fundo, que já era alto, mais que dobrou. Paga-se para ter as merdas dos Governos e representações legislativas que temos!

Fies que é um Fundo de financiamento de cursos universitários, em universidades particulares, foi criado e depois ampliado aleatoriamente, sem maiores critérios e, ora tem um grande rombo provocado pela inadimplência. Qual o caminho mais curto de resolver este problema: perdoar as dívidas dos inadimplentes e depois o perdão será ampliado. Este é objetivo de uma PEC encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso. Além do mais, não é muito comum honrar dívida com a “viúva” neste País. Bons advogados fazem milagres, nesta seara, e nos processos penais intermináveis, até porque o STF se encarrega de mudar de humores quando lhe convém, nas famosas maiorias de ocasião.

Este deve ser o único Pais do mundo onde o almoço é gratuito! Onde pobre deve ser mantido na pobreza e, para tanto, intensificaram-se e aumentaram-se o valor dos programas de renda, pois o caminho mais curto: dar o peixe do que ensinar a pescar. É preferível manter os pobres como pobres, pois fica mais fácil manipulá-los. E aí os programas de ajuda que deveriam ser temporários ampliam-se e tornam-se permanentes, mesmo às custas de dívidas consolidadas e transitadas em julgado.

A regra de ouro de eleições: ganha-las. E nessa empreitada vale tudo. Então abre-se a caixa das bondades e faz-se a farra com o dinheiro público. É Chefe de Governo jogando tudo, com a conivência do Congresso, para se cacifar e ganhar as eleições. A oposição vai reclamar, a imprensa vai noticiar, vai ter protestos, mas se fará a vontade do príncipe Ressalte que este, infenso a vacinas e adepto de práticas nazistas, se encarregou de levar a morte parte da população e, agora o fuzil foi apontado contra o peito de crianças inocentes.

Criticar é chover no molhado pois sempre foi assim e sempre será! As patifarias, acima de tudo, e o contribuinte que se f...., com o compulsório dever de pagar a salgada conta, pois, no lar da impunidade, tudo se faz, tudo se releva e tudo se perdoa. Enfim, algo (ou tudo) continua podre neste Reino da Impostura, situado nos trópicos, abaixo da linha do Equador.

Renato Gomes Nery é advogado.



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