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Opinião
Quarta - 12 de Janeiro de 2022 às 10:31
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Para ser direto, pessoas que sequer conseguem olhar para fora do seu cercadinho são incapazes de aceitar que do outro lado exista uma infinidade de oportunidades diferentes dessa que os mantem isolados.

Por isso, ao invés de tentar sair de seu mundo ideológico tentam convencer quem pensa diferente de que não existem desvantagens no cercado onde estão e por isso vivem um paradoxo em seu nexo causal, ou seja, um mundo onde existe a comprovação de que efetivamente há danos motivados pela ação voluntária, negligente e imprudente de quem os causou, mesmo assim se negam a reconhece-los.

É assim que se comporta quem perdeu privilégios indeviduais, os esquemas e as facilidades com que a tchurma da lacração estava acostumada.

É isso mesmo, esse era o modus operandi daquela renca de aproveitadores que se locupletava com as benesses concedidas pelos que tinham se apossado do país desde quando a estratégia da tesoura, trama organizada pela dupla FHC-Lula, começou a ser colocada em ação.

Pois então, a culpa da situação em que nos encontramos é desses dois sujeitos que hoje sabemos são as próprias lâminas da tesoura usada para perpetuar no governo a social democracia, apelido vulgar da grife comunista que tentam implantar por aqui e no resto do continente sul-americano com a ajuda de seus parceiros cubanos, venezuelanos et caterva, seguindo o falido modelo da antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, só que com sotaque gramscista.

Pois é, e aí estão eles novamente só que dessa vez a campo aberto porque expostos por sua própria ganância desenfreada vez que o teatro de faz de conta que representavam nos bastidores já havia sido externalizado e agora foi finalmente ratificado no famoso jantar dos R$ 500,00 acontecido em São Paulo com o manifesto patrocínio de advogados e políticos que articularam a mudança de postura da STF em relação aos julgamentos dos crimes investigados na Operação Lava Jato.

Foi assim que terminamos o ano de 2021, com as vísceras da social democracia sendo exposta ao eleitorado em mais um ato de bravata da esquerda que agora não mais se acanha em mostrar o cooperativismo político-judicial lentamente disseminado em nosso pais por longos e tenebrosos 34 anos mesmo após ser derrotada por um ilustre desconhecido nas eleições presidenciais de 2018.

Fazendo uma simples operação matemática de divisão é fácil chegar a concussão que nos últimos três anos em que pesem as barreiras politicas impostas pelo legislativo, as interferências do judiciário e a crise mundial de saúde tivemos mais desenvolvimento socioeconômico que a camuflada coalizão da esquerda obteve enquanto nos governou por 34 anos com um único hiato chamado Fernando Collor de Mello, uma oportunidade jogada fora, uma iniquidade no breve intervalo entre seus antecessores e sucessores até que o inconformismo popular fez com que perdessem novamente as eleições.

As outras iniquidades começaram antes, em 1985, através do governo PMDBista, (entendam oportunista) de José Sarney ou José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, indivíduo que assim como Luís Inácio da Silva mudou de nome provavelmente porque o original não o levaria a lugar nenhum com o agravante de ter sido conduzido à presidência devido à morte de Tancredo Neves e uma bem articulada ação política, entretanto, a falta de legitimidade foi sua maior inimiga.

Durante seu governo, a única realização relevante foi a convocação da Assembleia Nacional Constituinte porque de resto deixou a desejar principalmente na área econômica devido aos fracassos dos planos Cruzado, Cruzado II, Bresser e Verão e o reatamento das relações diplomáticas com Cuba a mais sangrenta ditadura das Américas na tentativa de angariar a simpatia dos partidos de extrema esquerda.

Fernando Collor de Mello, foi a imagem da decepção, essa concebida em seu curto período no governo quando implementou outro plano econômico, o Plano Collor, que levou a inflação anual a estratosfera, teve inúmeros escândalos de corrupção, sequestrou a poupança dos brasileiros e terminou com tantos desatinos que o levaram a impeachment.

Collor foi eleito pela legenda PRN, sigla partidária de conveniência que lhe deu abrigo em um arranjo parecido com o do PSL com Jair Bolsonaro em 2018.

À semelhança do PRN a sobrevivência do PSL será posta a prova nas próximas eleições, oportunidade em que certamente será levado em conta o fato de que aquele partido abandonou o presidente e o programa de governo que ajudou a própria sigla a aparecer no cenário político, coisa que nunca antes teve e razão pela qual é grande a possibilidade de seguir o mesmo irrelevante destino do outro.

Após o impeachment de Collor, Itamar Franco voltou a colocar o PMDB na presidência. Ele até assumiu o governo, mas foi reduzido a mero esquentador de assento pela volúpia do PSDBista Fernando Henrique Cardoso que em princípio foi seu ministro das Relações Exteriores e depois passou a ministro da Fazenda, cargo que exerceu durante a elaboração e implementação do Plano Real.

Foi graças ao sucesso daquele plano que FHC se elegeu presidente no primeiro turno da eleição de 1994, entretanto, foi devido às negociações (compra de votos) com o Congresso Nacional visando a renovação de seu mandato presidencial através da emenda constitucional nº 16 de 26/01/1997 que foi reeleito em 1998. Há que se destacar que a emenda em questão também beneficiou governadores e prefeitos eleitos em 1994 sendo razoável supor ter havido troca de favores e de apoios nas eleições de 1998 e seguintes.

Graças a ele passamos a ter facilitada a continuidade de gestão nos três níveis de governo por longos e destrutivos 20 anos, na verdade 28, contando com os 8 do próprio FHC. No entanto, o mais revelador em relação a seu caráter é ler o artigo que publicou no jornal O Estado de São Paulo, edição do dia 06/09/2020, onde fica clara sua percepção de que a estratégia usada para perpetuar o socialismo no país pode ser a arma que irá demovê-lo, razão pela qual passou a fingir reconhecer seu ato como erro histórico.

É estarrecedor saber que na sequência de 28 anos de governos PSDBistas, PTistas e PMDBista o país se tornou refém dessa nefasta estratégia desenvolvida e colocada em prática pela dupla FHC-Lula que, entre outras coisas, criou e dá suporte ao Foro de São Paulo, organização política de esquerda por eles fundada em 1990 com o único objetivo de levar adiante o plano comunista de domínio continental como já foi mencionado anteriormente.

Como resultado da estratégia das tesouras suportamos dois mandatos de FHC, dois de Lula, um e meio de Dilma e devido seu impeachment mais meio de Michel Temer, todos militantes do esquema pluripartidário de revezamento que quase nos destruiu como nação até terminar 01 de janeiro de 2019.

Coloquei todos no mesmo balaio porque o que se tem para dizer sobre qualquer um deles seria falar mais do mesmo à exceção de Marco Maciel, vice-presidente nos mandatos de FHC, um desapercebido personagem daquele governo como foi José Alencar no governo Lula.

Como se não bastasse, para finalizar essas décadas perdidas ainda tivemos a oportunidade de assistir o corporativismo político atuando de forma efetiva para proteger Michel Temer em seus 20 meses de escândalos envolvendo ministros e empresários, tudo escancarado pela espantosa cena de seu assessor direto fugindo com uma mala de dinheiro pelas ruas de Brasília. Assim, era de se esperar, todos esses eventos foram abafados e convenientemente esquecidos nas gavetas judiciárias até serem arquivados por decurso de prazo.

Aparentemente, esse persistente “mais do mesmo” durou até o final de 2018 porque em 2019 teve início o governo de Jair Bolsonaro, presidente cuja carreira congressista foi totalmente desenvolvida no que os congressistas de carreira usam classificar de baixo clero, um homem de direita, estreitamente ligado aos princípios conservadores que o elegeram.

Realidade essa, ligada a tudo o que os políticos existentes abominam, ou seja, a honestidade no trato do erário público, a meritocracia na composição do corpo de ministros e técnico do governo e, principalmente, a defesa da liberdade em todos os aspectos da vida.

Resta saber, se em uma eventual candidatura ele sobreviverá às sempre aventadas possibilidades de novas tentativas de assassinato contra sua pessoa e reputação conforme reportado pelos meios de comunicação, ao discutível processo eleitoral ou mesmo a seu particular e extravagante modo de se expressar publicamente.

“É preferível a tristeza de quem suporta a iniquidade do que a alegria de quem a comete” – Santo Agostinho.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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