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Opinião
Quarta - 20 de Abril de 2011 às 23:40
Por: Gilberto Natalini

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O século XXI trouxe uma nova visão sobre o mundo, cujas fronteiras estão sendo  derrubadas com a globalização e o acesso à internet. O cidadão comum ganhou voz igual, independentemente de classe, cor, orientação sexual ou necessidades. Os problemas enfrentados por minorias tornaram-se assunto das discussões e são cada vez mais foco de ações promovidas por órgãos públicos, que percebem o impacto que pequenas mudanças causam na vida dessas pessoas.

A questão da acessibilidade tornou-se assunto recorrente. Seja pela exposição das dificuldades enfrentadas pelos portadores de necessidades especiais ou pela crescente inserção dessas pessoas em ambientes de trabalho, mobilizações ganharam força na luta para diminuir esses empecilhos.

São Paulo tem mais de um milhão de portadores das mais diversas deficiências, sendo mais de 400 mil com dificuldade de locomoção. Sofrem para se deslocar na grande metrópole. Apesar de haver adaptações em 3.900 veículos da frota de ônibus, falta informação sobre a operação correta dos equipamentos destinados aos deficientes e, pior, boa vontade por parte de funcionários e passageiros para ajudá-los.

Pode-se afirmar que a situação melhorou nos últimos anos. Os ônibus que entraram na frota a partir de 2009 são completamente adaptados. Os deficientes têm agora lugar garantido entre os assentos, além de os equipamentos serem rápidos e seguros.

O programa ´Passeio Llivre´, que vem sendo implantado e em que pese o alcance ainda insuficiente, é uma realidade – reformou milhares de metros quadrados de calçadas. Outras mudanças estão a caminho. Já foi aprovado pela Câmara o projeto de lei que define padrões de acessibilidade a serem adotados na construção de apartamentos populares. O passo seguinte foi a criação da CPI da Acessibilidade, cuja função será investigar irregularidades na aplicação de políticas específicas. Vou presidir essa comissão, cuja atuação pode melhorar a vida de centenas de milhares de paulistanos.

Um espaço mais acessível é construído por todos. O proprietário de um imóvel, seja ele comercial ou residencial, é o responsável pela manutenção de sua calçada e deve zelar por sua conservação. Essa é uma maneira de garantir o direito de ir e vir de qualquer cidadão que caminhe em sua rua.

Todos podem participar do processo de melhoria do espaço urbano. Pequenas ações têm um impacto profundo sobre a vida de pessoas que, por motivos alheios a suas vontades, têm algum tipo de necessidade. Vamos, juntos, tornar mais fácil a vida de todos os paulistanos. 

Gilberto Natalini é vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo
 



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