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Opinião
Quinta - 10 de Fevereiro de 2011 às 10:36
Por: Núbia de Araújo

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A psicopedagogia é uma área de estudo diretamente relacionada á área da aprendizagem escolar tanto em seu decurso normal como nas dificuldades de aprendizagem, utilizando-se de diferentes instrumentos, como a arte.

Assim, saber como o aluno constrói seu conhecimento, saber quais as relações ou influências existem entre o afetivo e o cognitivo,assim como diagnosticar as dificuldades de aprendizagem, como propor e participar da sua superação são questões de estudo do educador, que poderá lançar mão das muitas alternativas que as diferentes áreas do conhecimento possibilitam.

 Partindo da idéia de que o fenômeno artístico apresenta-se na cultura popular, na erudita e nos meios de comunicação, quando o aluno entra em contato com manifestações artísticas, pode desenvolver a própria sensibilidade, estimular a imaginação, adquirir e cultivar maior senso artístico e estético. Além disso, suas capacidades são ampliadas ao exercitar diferentes sentidos do corpo – como o tato, a visão e a audição – e ao aprimorar os gestos e a linguagem.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997, p. 15), a arte requer a visão, a escuta e os demais sentidos como porta de entrada para uma compreensão mais significativa das questões sociais.

É essa a expectativa que se tem ao considerar a Educação e a Arte no seu desempenho docente.
Por isso, a função do professor é extremamente importante e delicada.
Na literatura sobre Arte na Educação encontram-se valiosas contribuições que, numa reflexão acerca destas questões, tornam-se fundamentais. É ocaso do pensamento de READ (1958, p. 36), colocando a educação como apoio ao desenvolvimento da pessoa, não somente do físico, mas do que se manifesta, também, através da expressão “signos audíveis e visíveis”.
 
Sua filosofia, entretanto, é mais abrangente, quando coloca a educação frente às possibilidades irreconciliáveis: uma onde o homem deveria ser educado para chegar a ser o que não é. E explica: “cada indivíduo nasceu com determinadas possibilidades que têm um valor positivo para este indivíduo e que é seu destino próprio desenvolver essas potencialidades dentro da estrutura de uma sociedade suficientemente liberal para permitir uma variação infinita de tipos”.
 
Assim, coloca a educação frente à escolha entre variedade ou a uniformidade: uma sociedade com uma comunidade de pessoas que procuram o equilíbrio através do auxílio mútuo ou uma sociedade com coleção de gente da qual se exige a conformidade, tanto quanto possível, a um ideal. Propõe, portanto, a opção entre uma teoria educacional democrática e uma teoria totalitária.
 
Nessa perspectiva, cabe à educação encorajar o desenvolvimento do que é individual em cada ser humano, favorecendo o equilíbrio entre a individualidade conquistada e a unidade orgânica do grupo social do qual a pessoa faz parte, fazendo com que individualização e integração sejam duas tarefas básicas para o processamento educacional.
 
Na concepção de READ (1958, p.36), a arte, nesse prisma, é vista de forma mais abrangente ainda, definida como estética - a educação dos sentidos em que se baseiam a consciência, a inteligência e o raciocínio do homem, e assim se expressa:
Consiste em ensinar as crianças e os adultos a produzir sons, imagens, movimentos, ferramentas e utensílios. Todas as faculdades do pensamento, lógica, memória, sensibilidade e intelecto estão envolvidos neste processo, e nenhum aspecto da educação está aqui excluído. E todos eles são processos que envolvem a arte, porque a arte não passa de uma produção de sons, imagens, etc.
Entre tantos objetivos, coloca, ainda, que a educação através da arte visa à formação de pessoas eficientes nos vários modos de expressão.

Assim, a arte humana assume a forma de um instrumento de educação e não é matéria a ser ensinada. O professor pode encontrar a criança autêntica, espontânea, criadora. Encontrará a criança naturalmente crescendo, descobrindo tudo a todo instante. É a criança em toda a sua expressão. Seria também essa realidade fator determinante a direcionar a ação docente?

É o não influir, nem deixar acontecer, mas o proporcionar as melhores condições e cuidar para que esse crescimento se dê de forma harmoniosa, proporcional às potencialidades de cada um, preservando sua autenticidade, sua espontaneidade e sua criatividade.

A expressão criadora da criança manifesta-se em todo o seu fazer, no contato com a realidade do mundo, fazendo com que passe por um processo de mudança de si mesma.

É na expressão gráfico – plástica, na arte, que ela encontra uma das formas mais completas de se exprimir, porque, sendo um campo onde há predominância de sensibilidade, o sentir e o criar levam-na a envolver-se toda na expressão; a crescer em sua individualidade; a aprender, a compreender e a controlar as situações; a explorar novas possibilidades que se reestruturam em situações novas e a impulsionam a novas descobertas.

 Ao desenhar, pintar ou construir, que em verdade constituem processos complexos para a criança, ela tem a oportunidade de formar um novo e simplificado todo. Através desse processo, a criança proporciona mais do que um desenho ou uma montagem, pois ela coloca no que faz parte de si própria, como pensa, como sente como vê.

 O primeiro registro acontece ao redor dos dezoito meses, sob a forma de rabiscos ou garatujas, ainda que todas as experiências sensoriais anteriores, desde o nascimento, tenham sido fundamentais para essa ocorrência. As garatujas são, pois, estágio inicial de uma série de etapas gráficas que serão percorridas pela criança ao longo do seu desenvolvimento.

É importante lembrar que, apenas para estudo, isolam-se e dispõem-se essas fases em ordem de complexidade crescente. Na prática, não há uma relação fixa, diretas e muitas crianças ficam por tempos diferentes em estágios diferentes de desenvolvimento gráfico. Assim, as diversas etapas devem ser trabalhadas pela criança no tempo de cada uma, sem atropelos, apenas com muita oportunidade de expressão.

 O modo pelo qual ela passará por esse processo dependerá de sua personalidade e das condições de ambiente, incluindo a capacidade de adulto compreender e valorizar cada fase com sua própria justificativa, sua própria capacidade de expressão, sua própria beleza.

 A etapa da garatuja, se analisada em sua forma expressiva, evidencia uma experiência basicamente sensória – motora: é o prazer do movimento sendo descoberto pela criança e gerando novas formas de movimento, movimento sem controle, evoluindo para auto descoberta de suas possibilidades. A alegria dessa conquista leva às primeiras formas, às primeiras intenções, evidenciando imaginação solta, rica, fluente, livre.

É nesse ponto que, igualmente, a criança encontra a sua realidade na transição entre o estágio final da garatuja e as primeiras tentativas de representação. Uma fase extremamente bonita, em que a criança começa a criar, conscientemente, formas que tem alguma relação com o mundo a sua volta. Ela começa, então, a passar de uma situação de linhas indefinidas para uma configuração representada.
É a figura humana, são casas, árvores, animais do um mundo que começa a tomar forma, na concepção única e particular de cada criança.

A importância dessa transição e sua beleza residem não apenas no acompanhamento da descoberta de conceitos e símbolos representativos da criança através de suas produções, mas também na possibilidade que para o professor, de poder acompanhar, pela sua expressão gráfica – plástico o que é importante para ela, como organiza suas relações com o meio, como percebe as coisas ao seu redor, já que o critério dominante, nessa fase, passa a ser o da situação interna afetiva.

Para oportunizar e favorecer esses processos emergentes de conscientização das coisas através dos sentidos, de pensamento imaginativo, de flexibilidade, fluência normal e originalidade, poderá organizar as situações em classe, utilizando os materiais, as técnicas adequadas às condições dos pequenos, para serem manipulados com facilidade. O respeito pela atividade criadora estará evidenciado no estímulo à produção da criança, descartando qualquer proposta de trabalho pré-ponto, no qual ela possa sentir falta de confiança no que pode realizar; na valorização dos seus trabalhos, sem a preocupação de estabelecer comparações ou concursos.

Deve-se lembrar sempre, que uma criança só pode ser comparada a ela própria e dentro de sua linha evolutiva. Assim, é a sua realidade, da escola, cheia de ação, mas que poderá ser também permeada por muita emoção, na medida em que visualize em toda a sua complexidade, abraçando seu verdadeiro sentido.

A arte da criança, evidenciada na variedade e na influência de seu trabalho expressivo, encanta como resultado da ação, mas é preciso resgatar sua profunda verdade: que é, e será sempre, uma forma muito completa de educação. Assumir esse sentido significa valorizar a produção da criança, porém, entendendo que a ênfase deverá estar sempre no jogo dos mecanismos envolvidos na investigação, na exploração, na experiência criadora.

Significa proporcionar condições, nessa fase rica de potencialidades latentes, para que cada criança cresça livre, segura, criativa, como alguém que pode e deve pensar por si própria, com uma personalidade completa o tempo todo, isto é, sendo ela mesma.

Significa compromisso do professor, em refletir, assumir de fato suas convicções e preocupar-se em ser o melhor possível: realmente um educador.

Como toda arte, a literatura privilegia um domínio do conhecimento normalmente ignorado pelo ensino tradicional: o domínio afetivo. Por esse motivo, deve ser oportunizado à criança o encontro com o texto literário através da descoberta do prazer e da beleza.

Segundo HEMILEWSKI (1980), oferecendo uma visão original da realidade, a literatura, permite que a criança possa preencher lacunas resultantes de sua ainda pequena e escassa experiência existencial, nas classes de educação infantil. Através dos livros de gravuras com pequenos textos, da história oral, da leitura de histórias e poesias, das cantigas de roda, das lendas e fábulas, a criança vivencia as aventuras ainda não vividas na realidade.

A literatura oferece alimento à criatividade e ao imaginário e oportuniza a criança o conhecimento de si mesmo, do mundo que a cerca do seu ambiente de vida e lhe permite então estabelecer as relações tão importantes e necessárias entre o real e o não real.

A literatura possibilita especialmente à criança uma leitura em vários níveis:
• O sensorial, através dos aspectos exteriores do livro (tamanho, espessura, capa, tipo de letra, forma, cor ilustração, textura);
• O emocional, pelos sentimentos que a leitura provoca, pelo gostar ou não do que lê ou ouve, pela reordenação do mundo objetivo;
• O racional, pela reflexão a que conduz, oportunizando a construção do conhecimento e a reordenação do mundo objetivo;

Como fonte de prazer, estímulo à criatividade, enriquecimento de experiências, desenvolvimento da percepção entre texto e contexto e das dimensões afetiva e social do conhecimento, a literatura se constitui fator de impulso à aprendizagem.

 Diariamente, as crianças devem ter a oportunidade de ouvir e ter contato com livros e as histórias escolhidas que ao serem lidas ou contadas, propiciarão a formação do conceito individual, e depois coletivo, dos temas abordados e ainda servirem de base para discussões e questionamentos, ativando a criatividade e seu leque de opções para elaboração dos trabalhos e construções posteriores.

 As histórias e contos podem ser apresentados de inúmeras formas, de acordo com a criatividade e a disponibilidade de cada educador e as condições de turma do aluno, sendo sempre importante que se procure variar as dinâmicas utilizadas: leitura oral com gravuras de apoio, leitura simples, conto espontâneo, dramatização com fantoches ou placas ilustrativas, slides, discos infantis, vídeo, teatros, leitura apenas de gravuras, histórias sem texto, leitura apenas do início e do meio, deixando que as crianças imaginem e levantem hipóteses para criar o fim, podendo ou não ser apresentada à sugestão do autor no livro, entre outros.

 Expressão corporal – a partir da leitura da história pode ser feita a dramatização espontânea da mesma por todas as crianças conjuntamente, ou a determinação de personagens e a apresentação em pequenos grupos. É importante que, em cada oportunidade, todas as crianças possam representar expor suas habilidades e ser reconhecidas e aplaudidas.

 Música – a inclusão de música ou criação de músicas, melodias ou sons onomatopéicos para apoiar a história é muito do agrado das crianças, sendo possível a elaboração de instrumentos com sucata ou a utilização da bandinha rítmica pelo educador e/ou pelas crianças. O simples contar a história cantando (com alguma melodia conhecida ou não) é modo eficaz para se variarem dinâmicas e estimular ainda mais a criatividade e a atenção das crianças, evidenciando todo o arsenal de possibilidades que dispomos para criarmos um clima agradável e descontraído na exploração de um tema ou história.

 Dobraduras – dentro da busca bibliográfica, a pesquisa paradidática de apoio é muito importante, pois, propicia a sempre necessária variação de propostas, modelos e opções e a descoberta de atividades inusitadas. Dentro de todos os temas e histórias, podem ser descobertas e criadas, com papel dobradura colorido ou outro disponível, inúmeras dobraduras pelas crianças e pelo educador (origamis e kirigamis), que irão dar origem a montagens de cenas variadas, painéis, imãs para a geladeira, enfeites de porta, teto e parede, brinquedos articuláveis, fantoches de dedo, toalhas rendas, rodas cantadas, presentes entre outros.

 Confecção de personagens – a partir das histórias infantis e dos temas pode-se sugerir a confecção dos personagens e figuras mais marcantes com sucatas variadas, papéis, massas caseiras, enfim todas as técnicas artesanais que favoreçam a criação e modelagem pela criança lhe proporcionado reinterpretar a história, agora com seus próprios personagens, e a criação de histórias diferentes e espontâneas (jogo simbólico).

 Maquetes – sempre que algum livro ou tema se ampliar e enriquecer poderá gerar a construção de uma maquete. As maquetes e costumam ser mais ricas e elaboradas que as construções de personagens, pois envolvem a formação de sistemas e grades. Pode ser realizada individual ou coletivamente, a partir de um grande arsenal de materiais de apoio para experimentar e optar por aqueles mais adequados a cada necessidade. Algumas ocasiões podem ser muito adequadas à construção de maquetes como: trânsito, meios de transporte, homem do campo, campo x cidade, ecologia, sistema solar, movimentos da terra, lua e sol, indústria e produção, festa junina, estações do ano, esportes, minha casa, minha rua, minha escola, zoológico, etc...

 Aos pouco, a prática adquirida nas construções vai possibilitar a realização de maquetes cada vez mais elaboradas e detalhadas, com peças articuláveis, movimentos e simulações muito interessantes. Com essa abrangência, as crianças terão oportunidade de experimentar e colocar todos os níveis de sua inteligência para funcionar.

 O espaço do desenho livre deve ser sempre garantido e estimulado e nunca deve ser substituído por desenhos impressos para pintar, a fim de não se tolher a criatividade, inventividade e espontaneidade do livre pensar infantil. O desenho da criança é sempre o mais adequado para ser pintado. Pode-se sim, efetuar dinâmicas que envolvam o desenho e estimular ainda mais a criatividade, como por exemplo, sugerir que uma criança desenhe e outra pinte; trocar desenhos iniciados por uma criança para serem terminados por outra: imprimir um desenho escolhido feito por alguma criança da classe para todos poderem determinados pintar, realizar desenhos coletivos em papel manilha; elaborar desenhos que são aumentados e enriquecidos coletivamente, diariamente, e desenhos simultâneos à leitura da história pelo educador, realizar colagens, perfurações, superposições. Existem muitas opções criativas.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) estabelecem quatro grandes áreas no ensino de arte para o terceiro e quarto ciclos: Arte visual Dança Música, Teatro, conteúdo de cada uma delas vai depender do que os alunos á estudaram nos ciclos anteriores, para que haja continuidade no processo de aprendizagem.  Eles podem ser trabalhados de forma intercalada no decorrer do ano, de acordo com planejamento pedagógico.

ARTES VISUAIS

 A arte está presente no dia-a-dia da vida infantil.
 Quando rabisca, ou desenha no chão, na areia, nos muros e paredes, no papel, qualquer que seja a superfície, a criança está expondo o seu pensamento, expressando sentimentos e moções. É uma das formas mais significativas da comunicação humana e isto, por si só, justifica a sua presença no contexto da educação.

 Concebidas como linguagem com estrutura e características próprias, sua aprendizagem, seja sob o ponto de vista da prática, seja sob o reflexivo, acontece na articulação do fazer artístico com apreciação e a reflexão.

 O trabalho com as artes visuais requer atenção no que diz respeito às peculiaridades, particularidades e esquemas de conhecimento específicos á cada faixa etária e ao nível de desenvolvimento. Então: pensamento, sensibilidade, percepção, imaginação, cognição e intuição, segundo o Referencial Curricular, devem ser trabalhadas de forma integrada, a fim de favorecer o desenvolvimento da criatividade de crianças sensíveis ao mundo e conhecedoras da linguagem das artes.

 As técnicas a serem aplicadas em aula não deverão, portanto, constituir-se mais do que meios, apenas meios, de encaminhar a criança para a criação de sua própria obra e para a apreciação e valorização do trabalho do outro.

 Através das artes visuais, a criança cria e recria, manipula e experimenta inúmeros materiais; relacionando-os e transformando-os em funções de diferentes percepções e sob diversas circunstâncias. São inúmeros os materiais que podem ser alvo de satisfação para trabalhar e criar.
 Nunca as pessoas foram bombardeadas por imagens como nestas últimas décadas. É uma explosão de cores, formas e luzes inéditas na história. Saber ver e perceber as manifestações visuais, distinguindo sentimentos, idéias e qualidade, faz parte das aulas de artes visuais. Além do cultivo das formas tradicionais, como pintura, escultura, desenho, gravura, arquitetura, objetos e cerâmica, o século XX acompanhou o nascimento de outras modalidades de expressão visual. Inclui-se nesse rol das artes gráficas o cinema, a televisão, a computação, o vídeo e a holografia. Elas podem ser combinadas de diferentes modos.
 
DANÇA

Por meio da dança, o aluno experimenta um meio de expressão diferente da palavra. Ao “falar” com o corpo, ele abre a possibilidade de conhecer a si mesmo de outra maneira e melhorar a auto-estima. O simples prazer de movimentar o corpo alivia o estresse diário e as tensões escolares. Para isso, é importante que o corpo não seja tratado como instrumento, mas como forma de comunicação. Pouco adianta, por exemplo, ensaiar exaustivamente uma coreografia se a atividade for apenas mecânica e tratada de modo alienante.

MÚSICA

Ouvir música faz parte da cultura do adolescente. Ela dá identidade ao grupo de amigos, é companheira nos momentos de solidão e ajuda a moldar atitudes e comportamentos. Mas que tipo de música é essa? Rock, reggae, tecno, dance, pagode, rap. É o som que domina as rádios, que toca nas discotecas e na televisão. E o jovem é o grande receptor desses produtos. A escola desempenha o papel de desenvolver a cultura musical do aluno, estabelecendo relações, com grupos musicais da localidade, participando de eventos de cultura popular, shows, concertos e festivais. Nessa idade, o adolescente deve ter acesso a diversos tipos de música para ampliar seu repertório.
 
TEATRO

É inerente ao ser humano a necessidade de contar histórias, narrar fatos e recriar acontecimentos. O teatro, dessa forma, sempre constituiu um meio de compreender a realidade em que se vive e transcender seus limites. Trata-se de um jogo de construção que promove o desenvolvimento da criatividade, abre possibilidades de compartilhar descobertas, idéias, sentimentos e atitudes. Não se pode perder de vista que a prática teatral está ligada às tradições da época e da cultura nas quais foi criada.

A leitura é a mais rica das experiências engendradas pelo espírito humano. A descoberta de seu valor é pessoal e intransferível.
 
A fantasia, o mundo colorido, as aventuras, os sonhos e as realidades são histórias de todos os tempos e da aventura mágica de viver.
 
PIAGET (1973), afirma que quanto mais a criança viu e ouviu, tanto mais for o enriquecimento perceptivo, afetivo, social e comunicativo, tanto maior será, também, o desenvolvimento da sua inteligência.
 
Cabe ao professor o papel de modelo de leitor, proporcionando múltiplas e variadas alternativas de interação do aluno com textos escritos. O vinculo afetivo com professor é o ponto de partida para toda ação pedagógica.
 
Modificar a rotina pedagógica, fazendo leituras, constitui uma estratégia possível que o professor oportuniza ao cidadão em formação (aluno) ouvindo histórias, fazendo, também, uma leitura de mundo através da música, artes plásticas, dança teatro, levando-o a cumprir o ideal libertário e democrático: homens que sejam inventivos, criativos e descobridores, com mentes críticas e que possam avaliar e, não apenas, aceitar tudo que lhes é oferecido.
 
Do zero aos seis anos é através da ação que a criança aprende, descobre e inventa. Cabe ao professor desafiar, encorajar, solicitar, provocar conflitos cognitivos para que a criança busque sua hipótese.
 
A afetividade é o aspecto integrador da personalidade que se refere aos sentimentos e emoções nas trocas amorosas e nos vínculos de apego que ocorrem desde o nascimento, repercutindo em todas as áreas do desenvolvimento. Por isso, é tão importante o papel de que convive com a criança, pois é, sobretudo através do afeto que a criança se desenvolve e aprende.

No que tange à alfabetização, as atividades artísticas, podem dar suporte à aprendizagem, desde os temas gerais que podem ser retiradas de palavras chaves das brincadeiras, canções do título de uma obra de arte, etc..., até a sonoridade dos fonemas, que a modalidade música pode auxiliar a psicomotricidade, desenvolvida, em exercícios de dança, ou artes plásticas. O teatro pode demonstrar em outra linguagem o que foi desenvolvido pela escrita e pela leitura, exercícios vocais podem auxiliar a leitura, em apresentações de dança e teatro, o aluno desinibe-se e desprende-se, podendo aprender com maior segurança e fluidez.

 O professor deverá ter sempre clareza quanto aos objetivos de cada atividade na área de arte. Progressivamente, poderá sentir a dinâmica da aprendizagem de seus alunos de desenvolvendo e evoluindo.

 O professor, no papel de instrumentalizador técnico, para propiciar o desenvolvimento do potencial do aluno, cria e recria ambiente favorável à arte, transformando a sala de aula em uma oficina de arte, levando os alunos a outros espaços dentro e fora da escola, proporcionando-lhes diferentes situações que incentivam a capacidade criadora de cada um, no que tange ao fazer crítico.

 A contextualização histórica pode ocorrer relacionada à apreciação em uma discussão com alunos, dirigida pelo professor, que formula questões a fim de que cada um se coloque, dizendo como sentiu, o que percebeu, partindo das obras dos próprios alunos, o que o aluno quis “dizer” com sua obra. De onde tirou a sua idéia? O que demais tem a dizer sobre a produção? Verifica-se, assim, a diferenças e semelhanças nas percepções de uma mesma obra.

 Para auxiliar o aluno no processo de construção do conhecimento a cerca da leitura e escrita, se faz necessário uma mudança de atitude enquanto educador. Assim, a arte é um dos mecanismos que ajuda a dinamizar a prática pedagógica, tornando-se mais eficiente, atrativa e prazerosa.

 Nos casos de dificuldades de aprendizagem que o aluno venha apresentar a arte poderá ser um elemento, uma ferramenta para o professor estar recorrendo em sala de aula sob orientação do psicopedagogo. É sabido que a arte faz parte da ementa do curso de psicopedagogia, pois esta sob várias maneiras poderá ser utilizada pelo psicopedagogo na tentativa de entender, através do objetivo de cada disciplina, por que o aluno apresenta tal dificuldade.


Núbia de Araújo Pombal e Silva

Arte educadora com especialização em
psicopedagogia Clínica e Institucional



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