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Opinião
Domingo - 07 de Outubro de 2012 às 08:20
Por: Gabriel Novis Neves

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Nas últimas eleições presidenciais a grande vedete dos programas eleitorais foram os tais dos aviões não tripulados ou invisíveis.

A candidata do ‘Cara do Obama’ usou e abusou deles. Dizia que, com eles, resolveria o grave problema da entrada das drogas ilícitas no nosso país.

A estratégia deu certo no discurso, e os aviões fiscalizadores das nossas fronteiras nunca foram utilizados. Apenas um foi localizado por uma revista de circulação nacional, abandonado em um hangar no interior do Paraná.

A compra da frota de dez foi suspensa e o único aviãozinho em solo brasileiro virou sucata.

Redondo fracasso a promessa de campanha de cuidar das nossas fronteiras. Parece-me que o Cocaleiro não aprovou a interferência do governo brasileiro na saída do seu principal produto de exportação.

Mato Grosso é hoje o maior corredor de exportação de cocaína, crack e maconha para abastecer o comércio interno e, principalmente, o internacional.

Depois do fiasco do avião não tripulável, surge um novo avião no caminho de certo político da nossa capital.

O vice-presidente da República, que é também presidente do saudoso ‘Manda Brasa’, veio à Cuiabá em um dia útil, no horário de expediente, turbinar a candidatura do candidato do PT, e que o seu partido apoia.

Acontece que o jatinho tripulável que trouxe o vice para o comício, foi identificado por jornalistas investigativos, e a bomba estourou na imprensa nacional.

O senhor vice da Dilma está em campanha eleitoral para os seus candidatos em jatinhos de empreiteiras que trabalham para o governo ético do PT.

Pilhado em flagrante delito de crime eleitoral, o vice da Dilma, surpreso diante do interrogatório dos jornalistas, e no melhor estilo da época do mensalão, disse que não sabia de nada.

Prometeu que iria pedir ao candidato à prefeitura de Cuiabá que honrasse o compromisso de pagar a aeronave.

A pergunta que faço é: como resolver, sem punição, esse escândalo de abuso de poder econômico onde um pobre candidato, além de gastar horrores na campanha com dinheiro que ninguém sabe de onde vem, agora terá que bancar essa despesa do vice-cabo eleitoral?

Será que teremos que chamar o ministro Joaquim para um corretivo?

Novamente tentam aplicar na nossa população o golpe do aviãozinho.

Lamentável.



Autor

Gabriel Novis Neves

foi o primeiro reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); é médico gineco (ginecologista e obstetra)

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