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Opinião
Quinta - 02 de Dezembro de 2010 às 23:41
Por: Kharina Nogueira

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Começo o artigo agradecendo os acessos, comentários no meu Blog e nos espaços de colegas vêem publicando meus artigos. A mim uma honra, que cultuo o hábito da escrita desde a primeira série em escola pública. Longe de mim, estar próxima aos nossos grandes mestres, doutores, comentaristas locais e nacionais honrosos. Á todos eles apenas a minha admiração e respeito. No impacto de meros espectadores para autores da vida, muitos se assustam e outros se rebelam, mas o meu intuito está dia-a-dia sendo construído o de ajudar pessoas que queiram se expressar e não podem e me ligam, ou me escrevem. Mesmo na discordância de “alguns”, continuarei a exercer o papel mais importante de uma nação, o de cidadão participante. Lembre-se que as escolhas da sua vida, normalmente, teriam que ser pessoal, por isso uso a primeira pessoa nos artigos que escrevo e não o coletivo não podendo responder por João, ou Maria, apenas por mim. Se fosse antes das eleições, alguém poderia sugerir que eu estivesse promovendo outrem, o fato que em qualquer época há um desconforto. Afinal, cada um tem uma linha de escrever. Eu escrevo sem remuneração, sem intenção de seguidores fanáticos, sem querer ser a salvação da lavoura e, claro que, desagradando aos que podem se encontrar nas entrelinhas, quando tratamos de qualquer assunto mais polêmico.

Percorremos longos caminhos no exercício da tal clamada democracia, embora às vezes tenhamos que chamá-la de demogologia. Contudo devemos conhecer algumas coisas básicas a respeito de nossos inimigos invisíveis, afim de não sermos enganados por eles tantas vezes. Ninguém aqui é santo não, vamos e convenhamos. Se assim fosse não precisávamos estar passando por estas vias. Só que não gosto de seres que já foram angelicais e serviam a Deus, quando no fundo preferem seguir Lúcifer, o querubim da guarda ungido, na rebelião.

Tive o privilégio de assistir o filme Ponto de Mutação, baseado no livro de Fritjof Capra. É um filme que nos faz pensar. Talvez seja um desses presentes que recebemos do universo e embalado pela tecnologia. O Professor James Lovelock tem escrito com o objetivo de alertar ao mundo sobre as debilidades que o planeta esta vivendo. No ano passado lançou uma obra cujo título é a Vingança de Gaia, onde retrata a terra como um organismo vivo em busca de socorro e as possíveis soluções para salvá-la. No fundamental uma só coisa: a mudança bate a nossa porta e é urgente!

Prefiro ajudar a construir uma realidade melhor mesmo que parodiando e lembrando que aqui não existe justiça, existe é um superfaturamento de pré-acordos de impunidades entre todos favorecidos ao amoral e sujo, onde a cotação sobe quando referimos aos atuais bandidos e suas cortesãs. Para isso é preciso agir rápido à medida que as infrações ocorram. A superioridade numérica não confere vantagem, mas a determinação de várias verdades sim. Junte-se aos líderes que não usam a força e opressão, apenas ensinamentos, mesmo que nas entrelinhas.

Ao começar escrever listei pessoas que, dentro do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante; pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakovski suicidou-se. No entanto, essas eram as pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos, muito depois de termos sidos completamente esquecidos. Saúde mental hoje é imposta na condição em que as idéias comportam-se bem, previsíveis, sempre iguais, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca ninguém quis que soubesse. Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso.  Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos  e idosos de gravatas. Sendo donos do poder, os loucos (verdadeiramente insanos, Rubem. Pode crer!) passam a serem os protótipos da saúde mental. Nós somos programados em bandos para sermos como os computadores. Aliás, o homem o inventou, explica-se. Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco?

O que a sociedade dominadora quer é que opte por um software modesto. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou o hábito da insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é.  E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei você se aposentará para, só então, realizar o que de fato lhe compete e a resposta é pessoal, mais uma vez. “Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram, de tão banal que foi.”



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