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Opinião
Domingo - 12 de Agosto de 2012 às 09:37
Por: José Riva

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A realização da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá é uma oportunidade para Mato Grosso receber investimentos em áreas estruturantes. Por meio do evento futebolístico, o desenvolvimento será realidade e o mundo terá conhecimento sobre os nossos potenciais.

Mais importante do que os jogos da Copa é o legado que ficará para a população mato-grossense e em função disso, sempre defendemos a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modelo de transporte para Cuiabá e Várzea Grande, devido a sua modernidade e agilidade.

Cuiabá e o Estado merecem o VLT, pois a capital conta com índices de crescimento e investidores demonstram diariamente, o interesse em instalar suas empresas em Mato Grosso. Porém, ainda somos carentes de infraestrutura. Então, o modelo de transporte eficiente é necessário, assim como outras obras estruturantes, como um aeroporto mais moderno, sinalização e iluminação nas vias, além de rodovias para interligar municípios e escoar nossa produção.

A logística é um dos principais problemas que temos na atualidade, no ponto de vista dos próprios empresários. Ou seja, temos um potencial fantástico, mas carecemos de logística. Precisamos ser corajosos e audaciosos para mudar. E a sociedade escolheu o VLT como modelo de transporte, no entendimento de que necessita da modernidade e o modal será atual daqui a 30 anos.

Porém, nesta semana, a Justiça Federal suspendeu o contrato para a construção do VLT. Recebemos a notícia com indignação. Não queremos atacar o Ministério Público Federal e Estadual (MPF e MPE), mas pedimos bom senso nas decisões, pois as argumentações foram absurdas para esta decisão que prejudica diretamente a população.

Sempre dissemos que o VLT não é apenas para a Copa do Mundo, que é apenas um instrumento para promovermos o desenvolvimento no Estado. O legado ficará para a sociedade e todos sabem que com a ausência do evento futebolístico, estas obras que estão sendo realizadas na capital não estariam ocorrendo.

Na defesa do VLT, sabíamos das resistências de alguns que utilizam a tática do ‘quando pior, melhor’. Estes são contra o modelo de transporte moderno porque torcem contra o desenvolvimento e com certeza, não andam de ônibus. Quando viram que a população é favorável a este projeto, começaram a agir nos bastidores.

Durante as sessões desta semana, conclamamos a classe política e a sociedade para reagir e defender o VLT e as manifestações de apoio rapidamente aconteceram. Muitos utilizaram as mídias sociais, como o Facebook e Twitter para mostrarem ser favoráveis ao VLT. Esta conquista será nossa e por isso a luta pela construção do modal continua.

A população de Mato Grosso será extremamente prejudicada com as interdições nesta obra. Os próprios ministérios dizem que a obra não ficará pronta para a Copa do Mundo, mas com as paralisações, não existe obra que seja concluída.

O VLT é viável para Cuiabá e Várzea Grande e tem uma visão caolha quem não observa isso. Da mesma forma que defendemos o investimento no modelo de transporte, também lutamos pelas melhorias na saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura, turismo, cultura e esporte. Mato Grosso merece o melhor e todas as áreas merecem grande atenção.

Esse é o momento da união, não podemos deixar com que as eleições municipais influenciem na construção de um modelo que é importante para a cidade. Considero que existem motivações políticas para esta suspenção do contrato, mas acredito que a vontade popular seja reestabelecida e o VLT seja uma realidade em Cuiabá e Várzea Grande.

 

José Riva é presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.



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