Quando suspende os pagamentos e coloca as ONGs sob auditoria, o governo pode estar marchando para a extirpação de uma de suas principais feridas. Criadas sob a ótica de tornar mais eficiente a chegada dos benefícios e serviços para a população, tais entidades tornaram-se grandes vilãs, mercê da atuação de corruptos, parceiros e apaniguados políticos que, em vez de cumprir a finalidade, utilizam-nas para meter a mão no dinheiro público. Espera-se que o governo e a sociedade, por seus órgãos, sejam suficientemente fortes para acabar com a bandalheira, recuperar os montantes desviados e, principalmente, redirecionar os programas e fortalecer as ONGs que se revelarem honestas.