Governo pede corte de R$ 3 bilhões no Orçamento de 2011
O Ministério do Planejamento recomendou um corte de R$ 3 bilhões nos gastos do Executivo em 2011 à relatora do Orçamento da União, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
O valor ficou abaixo do que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, havia informado na semana passada, quando disse que iria encaminhar ao Congresso Nacional uma sugestão de corte de R$ 8 bilhões.
"O ministro mandou o corte de R$ 3 bilhões e a gente aceitou. Não vamos perguntar por que não foi de R$ 8 bilhões. Felizmente não foi tão alto quanto a expectativa criada. E quanto menor, melhor", afirmou Serys.
De acordo com a senadora, que acatou a proposta, as emendas parlamentares devem compensar esse corte em algumas áreas. Ela afirmou que, em relação à Educação, que conta com muitas emendas, os valores estão "praticamente empatados".
"Existe a contrapartida do parlamento na forma de emendas. Estava fazendo algumas contas e o que o Congresso está oferecendo não vai tornar esse corte tão doloroso."
Em termos nominais, o maior corte foi na Educação (R$ 500 milhões), o que representa, no entanto, menos de 1% dos gastos dessa área. A senadora não divulgou os percentuais dos outros ministérios. Disse apenas que Ciência e Tecnologia está entre os mais afetados.
A relatora afirmou que o Orçamento deve ser fechado no fim de semana e estará na internet no domingo à noite. A proposta deve ser votada na Comissão Mista de Orçamento na segunda ou terça e irá para o Plenário na próxima quarta-feira.
Em relação ao salário mínimo, foi mantida a previsão de aumento dos atuais R$ 510 para R$ 540.
A previsão do governo para o crescimento da economia ficou em torno de 5,5%, com uma inflação de 4,5%.
Não houve corte nos investimentos de R$ 360 bilhões previstos para a Copa de 2012.
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