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Economia
Quarta - 15 de Dezembro de 2010 às 20:11

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O Brasil aumentou seu índice de competitividade entre 2008 e 2009, mas ainda continua entre as últimas posições de ranking elaborado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, o país teve pontuação de 24,8 na lista --que considera 43 países-- fechando o ano passado em 36º lugar, uma posição acima da de 2008.

O estudo da entidade divide o ranking entre quatro grupos: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa. O Brasil se enquadra na última categoria, junto com países como México, Venezuela, África do Sul e Índia (a última colocada da lista).

Entre as primeiras posições estão os Estados Unidos, em primeiro, com nota 91,4, seguidos pela Noruega (77,5) e Suíça (75,9). Para definir a nota de cada país, a Fiesp cruzou cerca de 55 mil dados e considerou informações a respeito de capital, infraestrutura, tecnologia, governo, entre outros.

Os 43 países analisados representam mais de 90% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.

Considerando a posição dos Brics --grupo dos principais países emergentes--, o Brasil só fica à frente da Índia. China (27º) e Rússia (28º) estão enquadrados no grupo de competitividade média. Ainda assim, a diferença do país para os outros diminuiu, já que a nota brasileira aumentou neste ano, enquanto China e Rússia perderam pontos.

Na América Latina, o Brasil é superado pela Argentina (32º), Chile (30º) e México (35º), mas supera a Venezuela (38º) e a Colômbia (41º).

De acordo com a Fiesp, o Brasil precisa tomar algumas medidas para melhorar sua competitividade, como reduzir gastos públicos, elevar a taxa de investimentos em produção e tecnologia, diminuir a carga tributária e as taxas de juros.

"O governo tem que gastar menos para poder investir mais e estimular o investimento privado", afirmou José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) da Federação, ressaltando a necessidade de recursos em infraestrutura no país.

Coelho também ressaltou a necessidade de diminuir os impostos pagos no país. Segundo o estudo da Fiesp, em 2008, a carga tributária do país era de 34,86% do PIB, quando, considerando o PIB per capita do país, deveria ser de cerca de 21,5%.

"É difícil baixa a carga de uma hora para outra, mas tem que haver um plano para isso", disse. "Além disso, é preciso desonerar o investimento no país. De cada R$ 100 que você investe, 25% já são impostos."






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