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Quarta - 15 de Dezembro de 2010 às 17:03
Por: Laura Nabuco

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Mesmo havendo um hospital na cidade, pacientes de Paranatinga têm sido transferidos para Primavera do Leste, Poxoréu e Rondonópolis depois que o prefeito Vilson Pires (PRP) quebrou o convênio entre o SUS e a unidade. De acordo com Lia Kim, filha da proprietária do hospital, o desentendimento teria ocorrido quando a prefeitura passou a ser a responsável pela verba destinada à saúde, inclusive, pelos recursos que antes eram repassados diretamente ao hospital.

"A prefeitura não quis mais fechar acordo com o hospital para tratar os pacientes na cidade. Nós avisamos que sem a verba teríamos que fechar a unidade e foi o que acabamos fazendo. Mas depois fomos informados que tinhamos que permanecer abertos pelo período de 120 dias, só que desde então nenhum paciente está sendo encaminhado para cá. Assim, não funcionamos porque não tem quem atender", relata Lia.

Mesmo com o hospital reaberto, pacientes agora têm sido atendidos e até internados na unidade de pronto-atendimento da cidade. Segundo Lia, o local não teria a estrutura necessária para prestar o atendimento com qualidade. "Eles não tem coisas básicas como uma lavanderia adequada. Se a Vigilância Sanitária passar por lá, tudo será interditado", ressaltou. Ela conta ainda que a unidade não tem leitos suficientes e que algumas pessoas estariam sendo internadas em macas e até mesmo dentro das ambulâncias.

Os casos mais graves estão sendo encaminhados para hospitais de cidades da região. A filha da diretora do hospital ressalta ainda que, a exemplo do que aconteceu com a unidade de saúde da sua família, Vilson também não teria efetuado os repasses para a prefeitura de Primavera do Leste receber os pacientes e, por isso, os novos casos estão sendo levados para ainda mais longe: Poxoréu e Rondonópolis, a cerca de 180 km e 250 km de Paranatinga, respectivamente.

Em resposta as acusações, Vilson alegou que a proprietária do hospital teria chantageado a secretária de Saúde e primeira-dama, Alessandra dos Santos, para manter o hospital em funcionamento. "Em todas as gestões ela fazia chantagem com os prefeitos. Chegou a fechar o hospital na gestão passada para que o prefeito reformasse o prédio. Uma obra particular feita com dinheiro público", afirmou Vilson.

O prefeito destacou ainda que o pronto-socorro da cidade tem plenas condições de atender a população, dispondo de salas de cirurgia, berçário e três ambulâncias novas, além do Samu. Ele afirmou ainda que a unidade deve ser transerida para um outro prédio ainda mais bem equipado, que está prestes a ser inaugurado. Vilson também desmentiu as afirmações de que pacientes estariam sendo internados em ambulâncias e que o Ministério da Saúde já foi informado sobre o impasse entre a prefeitura e a administração do hospital particular.





Fonte: RD News

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