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Saúde
Quarta - 15 de Dezembro de 2010 às 07:52
Por: Carolina Holland

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Levantamento feito pelo Ministério da Saúde revela que Mato Grosso foi um dos estados que menos teve redução no índice de mortalidade infantil entre os anos de 1990 e 2008. A pesquisa Saúde Brasil 2009 aponta que, no período, o Brasil teve queda de 57,6% na mortalidade infantil, com a taxa caindo de 47,1 para 19 mortes a cada mil nascidos vivos, enquanto que no Estado a redução foi de 4,1%.

A pesquisa revela que Mato Grosso foi o quinto pior Estado em relação à queda do índice de mortalidade infantil. O Estado que teve a maior redução no período foi o Ceará, com queda de 6,7%, seguido de Pernambuco (5,8%), Paraíba (5,6%), Santa Catarina (5,6%) e Maranhão (5,4%). Mato Grosso ficou em 23º lugar na lista. Em 1990, nenhum estado apresentava taxa menor que 20 óbitos por mil nascidos vivos. O levantamento aponta também que entre 1990 e 2008, a mortalidade na infância caiu de 53,7 para 22,8 por mil nascidos vivos (57,6%).

Procurada pela reportagem ontem à tarde, a Secretaria Estadual de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou que só vai se pronunciar sobre os números divulgados nesta quarta-feira.

O levantamento do Ministério da Saúde aponta ainda que o número de nascimentos no Brasil caiu de 3,2 milhões em 2000 para 2,9 milhões em 2008. Com exceção do Norte, todas as regiões do país apresentam tendência de queda no índice de natalidade. No Centro-Oeste, a queda foi de -5,2%.

De acordo com o levantamento, a proporção de mulheres gestantes que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal passou de 44% para 56%, entre 2000 e 2008. A maioria das gestantes que realizam o acompanhamento é branca (71%), seguida das negras (50%) e das indígenas (16%).

No Centro-Oeste, a proporção de mulheres que fazem sete ou mais consultas pré-natal subiu de 50,5% em 2000 para 61,5% em 2007. A babá Carla Fernanda Silva de Magalhães, de 22 anos, faz parte desse número. Grávida de oito meses da primeira filha, ela realizou ontem a sétima consulta pré-natal. “Comecei a ter esse acompanhamento desde o terceiro mês de gravidez. É muito importante, tanto pra mim quanto pro bebê”, disse.

Enquanto os dados do Ministério da Saúde apontam crescimento no número de partos cesáreos no Brasil de 38% para 47% entre 2000 e 2007, Carla Fernanda não quer fazer parte dessa estatística. “A minha escolha é pelo parto normal. Não quero ter que passar por uma cirurgia, até porque a recuperação demora demais. Só vou passar pela cesárea se for por ordem médica”, afirmou. No Centro-Oeste, os partos cesáreos cresceram de 43,4% para 52,9% no período pesquisado.

A pesquisa assinalou também que houve queda de fecundidade de 21,5% em adolescentes de 15 a 19 anos e redução de 16,4% em adultas jovens de 20 a 24 anos. O índice de morte materna caiu quase 50%. Em 1990, eram 140 por grupo de 100 mil nascidos vivos. Em 2007, o número caiu para 75.






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