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Polícia Brasil
Sábado - 11 de Dezembro de 2010 às 15:03

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A polícia pediu a quebra de sigilo telefônico dos quatro suspeitos de participarem do assassinato do prefeito de Jandira (Grande SP), Walderi Braz Paschoalin (PSDB). O objetivo é tentar identificar qual foi a motivação do homicídio e quem foram os mandantes do crime.

O prefeito e o segurança dele, Wellington Martins, o Geléia, foram baleados por dois homens na manhã de anteontem quando chegavam à rádio Astral FM, onde Paschoalin tinha um programa semanal. O segurança está internado no Hospital das Clínicas, em estado grave.

O prefeito, que cumpria seu terceiro mandato, morreu minutos depois de levar ao menos 13 tiros de fuzil e de submetralhadora. As armas não foram encontradas.

Segundo o delegado Zacarias Tadros, os suspeitos pertencem à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e já estiveram presos por roubo e tráfico de drogas. Os quatro, diz o policial, tinham resíduos de pólvora nas mãos, o que indica que usaram armas recentemente.

Um dos suspeitos também é acusado de participar da tentativa de assalto a uma filha de Paschoalin, em setembro. Nas mãos dele, havia indícios do combustível que, segundo a polícia, foi usado para incendiar o veículo usado pelos criminosos na fuga. Esse carro, foi encontrado minutos após o crime encharcado de gasolina, mas sem ser incendiado.

Os quatro suspeitos foram transferidos para o presídio de Carapicuíba. Por orientação de seus advogados, nenhum deles quis dar declarações à polícia.

CRIME

Paschoalin foi morto a tiros por volta das 8h desta sexta-feira, quando chegava à Rádio Astral FM, na rua Antonio Conselheiro, para um programa semanal que comandava. Ele chegou a ser socorrido em um pronto-socorro municipal, mas não resistiu.

O segurança de Paschoalin, Welington Martins, que levou um tiro na cabeça, foi levado para o Sameb (Serviço de Assistência Médica Barueri) e, de lá, transferido de helicóptero para o Hospital de Clínicas de São Paulo. Ele passou por uma cirurgia e, segundo a assessoria do Hospital das Clpinicas, ele permanecia internado na manhã deste sábado na UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) em estado grave.

O corpo do prefeito está sendo velado no Ginásio Central de Jandira desde as 18h. O governador Alberto Goldman (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), informaram a Prefeitura de Jandira que comparecerão ao velório ainda hoje.

Paschoalin tinha 62 anos e estava em seu terceiro mandato. De acordo com informações da prefeitura, ele foi eleito vereador de Jandira em 1976, aos 28 anos. Em 1982 foi candidato a prefeito, mas ficou em terceiro lugar. No ano seguinte assumiu o cargo de secretário de Esportes da cidade. Ele foi eleito prefeito pela primeira vez em 1988 e governou a cidade até 1992. Alcançou o segundo mandato nas eleições de 1996, sendo reconduzido ao cargo pela terceira vez em 2008.

Um Focus prata que teria sido usado pelos criminosos foi encontrado em uma estrada de terra a cerca de 3 km de onde o prefeito foi morto, com os bancos encharcados de gasolina, uma garrafa pet com o combustível dentro e um camiseta também molhada de gasolina. Segundo a polícia, o carro --que tem marcas de tiros e é roubado-- interceptou o veículo do prefeito antes que ele estacionasse.

A Procuradoria Geral de Justiça designou hoje os promotores do Júri de Jandira e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo para acompanharem as investigações sobre o assassinato.






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