Em sabatina, indicado ao BC diz que meta de inflação precisa ser reduzida
O futuro presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu hoje que o governo trabalhe para que a meta de inflação seja reduzida do atual patamar de 4,5%.
Ao participar de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tombini, indicado para o comando do BC pela presidente eleita, Dilma Rousseff, voltou a defender o compromisso da instituição com a estabilidade de preços no país.
Ao discursar para os senadores, Tombini fez elogios ao atual comandante do BC, Henrique Meirelles, e repetiu palavras já usadas pelo seu antecessor ao defender que a instituição persiga "de forma incansável e intransigente" o compromisso de perseguir o cumprimento das metas de inflação.
"Para isso, a presidente eleita conferiu autonomia operacional plena ao Banco Central para perseguir o objetivo perseguido pelo governo, por meio do Conselho Monetário Nacional, de meta de inflação medida pelo IPCA de 4,5% para os próximos dois anos", afirmou.
Ao falar sobre o tema, porém, Tombini defendeu que, passado esse prazo, se discuta uma redução na meta traçada pelo governo. "Precisamos construir as condições necessárias para, no futuro, convergir a nossa meta de inflação para o padrão observado nas principais economias emergentes", disse o economista.
Funcionário de carreira do BC, Tombini ocupa hoje a diretoria de Normas da instituição. Para assumir a presidência, seu nome precisa ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos e, posteriormente, pelo plenário do Senado.
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