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Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 08:13
Por: Marcos Coutinho

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A ata da aliança que confirmou a candidatura do senador eleito do PDT de Mato Grosso, José Pedro Taques, e os dois suplentes ao Senado - José Antônio Medeiros (PPS) e Paulo Fiúza (PV) - pode ter sido falsificada e/ou adulterada propositalmente sem a anuência do presidente regional do PSB, o deputado federal Valtenir Pereira.

"A assinatura na primeira ata, onde o Zeca Viana era o primeiro suplente e o Paulo Fiúza era o segundo, é minha. Mas como o Zeca saiu para ser candidato a deputado estadual e o Medeiros saiu da condição de deputado federal para ser o suplente de senador, a chapa foi alterada sem a minha assinatura. Aliás, a assinatura que está lá não é minha", declarou Valtenir, em entrevista ao Olhar Direto.

José Antônio Medeiros declarou, durante entrevista coletiva concedida na segunda-feira (6), em Rondonópolis, que vem sofrendo ameaças de pessoas ligadas ao segundo suplente da chapa (Fiúza). Ele disse ter resolvido tornar público o caso ao temer pela segurança de sua família.

O primeiro suplente é policial rodoviário federal e alega estar sofrendo pressão para renunciar. As pressões, segundo o próprio Medeiros, começaram 15 dias após a eleição. Ele relatou ainda ter sido procurado por advogados do própria Taques e, em seguida, por advogados do próprio Fiúza, foi quando a situação se tornou mais crítica.

Na sexta-feira (3), durante uma reunião em Cuiabá, “o clima esquentou” e Medeiros foi ameaçado por um dos advogados, supostamente de Fiúza.

“Ele (o advogado) falou que eu deveria assinar o documento (renunciado a primeira suplência) ou levava um tiro na cara”, relatou Medeirosu. Nos últimos 30 dias disse que ainda recebeu ameaças que diziam “você está andando num terreno perigoso”, destacou o suplente.

Para o Olhar Direto, Valtenir declarou ainda "estar surpreso" com a situação e com a inversão da ordem dos suplentes, assim como com a suposta falsificação de sua assinatura.  "Eu fui procurado pelo Paulo Fiúza e confirmei a ele que a assinatura da ata, que precisava ser endossada por todos os presidentes dos partidos que integram a aliança, não era minha. Ou seja: foi falsificada", reiteirou. (Marcos Coutinho/Júlia Munhoz/Dayane Pozzer)


Atualizada às 08h35/Segunda atualização às 08h58
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