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Domingo - 28 de Novembro de 2010 às 18:21

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Marcos Ribolli / Globoesporte.com
Carlinhos comemora o golaço que marcou no primeiro tempo realizado na tarde deste domingo, na Arena Barueri.
Carlinhos comemora o golaço que marcou no primeiro tempo realizado na tarde deste domingo, na Arena Barueri.

Foi difícil, dramático, sofrido. Em muitos lances, a bola parecia não querer colaborar. Em outros, o goleiro Deola era o inimigo. Mas, como a próprio torcida do Fluminense grita, o “time de guerreiros” das Laranjeiras fez a sua parte, derrotou o Palmeiras de virada por 2 a 1, na Arena Barueri e botou a mão no taça do Campeonato Brasileiro de 2010. O time foi aos 68 pontos, um a mais que o vice-líder Corinthians e, para conquistar o título, precisa apenas de uma simples vitória no próximo domingo, contra o já rebaixado Guarani, no Engenhão.

Do lado palmeirense, só lamentações. Após a desastrosa eliminação na Copa Sul-Americana na última quinta-feira, o time foi obrigado a conviver com a revolta de sua torcida que, por incrível que pareça, ofendeu o atacante Dinei, que marcou o gol de sua equipe, e o goleiro Deola, autor de grandes defesas durante a partida. A indignação era tamanha que, quando os jogadores do Verdão entraram em campo para o aquecimento, foram para a metade do campo onde só haviam torcedores do Fluminense nas arquibancadas. Logo depois, quando o Tricolor das Laranjeiras entrou em campo, surgiram os primeiros gritos de “campeão, campeão”.

Em pequeno número, a torcida do Palmeiras ficou ainda mais furiosa quando Dinei, aos quatro minutos, marcou um golaço e abriu o marcador da partida. Após recuo errado de Leandro Euzébio, o atacante do Verdão disparou uma bomba cruzada de fora da área e acertou o ângulo direito de Ricardo Berna, que nada pode fazer.

Foi então que a torcida palmeirense perdeu a compostura de vez:

- Ei, Dinei, vai tomar no C....Ei, Felipão, vai tomar no C...

O pior ainda estava por vir. O Fluminense, após alguns minutos de letargia para administrar o gol tomado, acordou e foi para cima. Aos 13, Emerson, de cabeça, acertou o travessão adversário. Na sobra, Gum, impedido, marcou, mas o juiz acertadamente anulou o lance. No minuto seguinte, Emerson cruzou da direita para Deco, que bateu por cima do gol. A galera alviverde, logo após esse lance, mandou o seguinte recado.

- Se o Fluminense não ganhar, o pau vai quebrar.

Na sequência, um copo de água cheio atingiu as costas do goleiro Deola, que avisou o árbitro e pediu reforço de policiamento no meio dos palmeirenses.

No lance seguinte, o time carioca chegou ao empate. Carlinhos foi lançado pela esquerda, avançou para cima de Márcio Araújo, cortou para o pé direito e mandou no ângulo esquerdo de Deola, que nada pode fazer. Festa dupla na Arena Barueri.

Massacre do Fluminense

conca, palmeiras x fluminense
Conca, como sempre, foi um dos destaques do Flu em Barueri (Foto: Agência Photocâmera)


Coincidência ou não, após o recado da torcida palmeirense e o gol de empate do Fluminense, o Palmeiras simplesmente parou em campo. No ataque, Kleber não mostrava a menor vontade e ainda deixava clara sua irritação com a arbitragem. No banco de reservas, o técnico Luiz Felipe Scolari, com cara de poucos amigos, tentava fazer o time reagir, o que não aconteceu.

Dos 20 minutos em diante, foi um massacre do Fluminense. Foram pelo menos três grandes chances e, para desespero de palmeirenses e tricolores, Deola brilhou em todos os lances. Aos 22, ele evitou gol de Conca em chute rasteiro de pé esquerdo. Seis minutos depois, após cobrança de falta de Conca, Gum cabeceou e o camisa 22 do Verdão fez um milagre. A terceira intervenção veio aos 38, em lances de Gum e Fred. E a torcida alviverde, para não perder o costume, xingou demais o goleiro, que parecia mais um inimigo. Antes do fim do primeiro tempo, Muricy perdeu Deco, machucado. Ele reforçou ainda mais o ataque com a entrada do rápido Tartá pela esquerda.

Tartá vira herói e Palmeiras faz figuração em campo

No segundo tempo,  o Palmeiras voltou com o freio de mão ainda mais puxado. O Fluminense seguiu em ritmo acelerado e, em apenas sete minutos, Fred perdeu duas chances inacreditáveis. Na primeira, Marino avançou livre pela direita, foi ao fundo e cruzou na medida para o camisa 9, que bateu à direita de Deola. Na segunda, ele recebeu passe de Conca, avançoou sozinho até a área e, cara a cara com o goleiro palmeirense, chutou por cima. O desespero começou a tomar conta da torcida carioca presente em Barueri.

Mas o nervosismo transformou-se em alívio aos 13min, quando saiu o segundo do time carioca. Emerson avançou pela esquerda, cortou a marcação de Márcio Araújo  e disparou uma bomba de fora da área. Deola deu rebote e Tartá, dentro da área, aproveitou-se da passividade palmeirense, dominou e, de pé esquerdo, colocou no canto direito do gol palmeirense. Festa total em Barueri.

Daí para a frente o jogo, caiu muito de rendimento. Isso porque o Fluminense, em vantagem, diminuiu seu ritmo, enquanto que o Palmeiras sequer atacava. O time concentrava seu jogo pelo meio-campo e tocava de um lado para outro. Felipão ainda tentou acabar com a inércia da equipe, colocando Lenny e Vinícius. Mas nada adiantou. Quem voltou a perder chances foi o Fluminense. Aos 32, Emerson invadiu a área pela esquerda e bateu por cima do gol. Nos últimos dez minutos, a partida transformou-se em um amistoso entre solteiros e casados. Assim que Wilton Pierre Sampaio apitou o final da partida, a torcida carioca explodiu de alegria.

- Dá-lhe, da-lhe Nense, seremos campeões. (Cahê Mota, Marcelo Prado e Tiago Leme)






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