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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sexta - 26 de Novembro de 2010 às 15:59

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A carne e o leite de vacas clonadas e de suas crias "não apresentam diferenças substanciais" em relação aos produtos de animais não clonados, o que torna seu consumo seguro, afirmou um organismo independente que assessora o governo britânico.

As conclusões do Comitê Consultor de Novos Alimentos e Processamentos (ACNFP, na sigla em inglês), que trabalha para a Agência de Segurança Alimentar (FSA) britânica, podem acelerar a polêmica liberação do comércio destes produtos, vendidos nos Estados Unidos desde 2008.

"A ACNFP confirmou que a carne e o leite de animais clonados e seus descendentes não têm diferença em relação à carne e o leite produzidos de maneira convencional, e portanto é improvável que apresentem riscos para a segurança alimentar", declarou Andrew Wadge, diretor científico da FSA.

O comitê indicou, no entanto, que são necessários mais estudos para avaliar como a carne e o leite podem afetar os diferentes ambientes onde os animais clonados são criados.

Ao mesmo tempo, o grupo estimou que qualquer diferença que possa existir entre o gado clonado e o não clonado desaparecerão depois da segunda geração.

A FSA examinará as conclusões do relatório em uma reunião, marcada para dezembro, na qual também será debatida a recente proposta europeia de proibir a venda de carne de animais clonados e seus descendentes de primeira geração, antes de fazer suas recomendações ao governo.

PARA CONSUMO?

A discussão sobre produtos de animais clonados no Reino Unido chegou ao auge no início do semestre, depois que o jornal "International Herald Tribune" afirmou que criadores de gado europeus estavam começando a comercializar ilegalmente produtos oriundos de animais clonados.

A FSA deu início a várias investigações para apurar o caso, alegando que jamais autorizara a comercialização e tampouco havia recebido solicitações de permissão para que os produtos fossem vendidos.

A venda de produtos de animais clonados e suas crias, autorizada em países como os Estados Unidos, requer, segundo a legislação europeia, uma permissão específica para chegar ao mercado.

O tema da clonagem sempre levantou polêmica entre a opinião pública europeia. Segundo a última pesquisa disponível, que data do final de 2008, 58% dos europeus acham que a clonagem para a produção alimentar "não se justifica", e mais de 43% acreditam que "provavelmente não consumirão este tipo de produto".






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