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Saúde
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 08:47
Por: Iara Lemos

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Antônio Cruz/ABr
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve no programa Bom Dia Ministro nesta quinta
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve no programa Bom Dia Ministro nesta quinta
 
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira (25) que a proliferação das larvas do mosquito transmissor da dengue está diretamente relacionada à falta de saneamento e à falta de informação. Em entrevista nesta manhã ao programa “Bom Dia Ministro”, da Secretária de Imprensa da Presidência da República, Temporão respondeu perguntas feitas por jornalistas de emissoras de rádio do país. Segundo o ministério, o número de mortes provocadas pela dengue aumentou 89,7% neste ano (entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado. Em 2009, foram registradas 312 mortes, e 592 entre janeiro e 16 de outubro deste ano.

“Dengue tem a ver com habitação precária, falta de acesso à água. Cidade suja é cidade que vai ter surto de dengue. Cidade em que as pessoas não têm acesso à água, as pessoas precisam estocar água, e ao não vedar os recipientes, isso se torna foco do mosquito. Isso acontece muito no Norte e Nordeste. Na região Sudeste, o foco está na casa das pessoas. Tudo isso junto, integrado, falta de acesso à água, falta de informação, de educação e falta de saneamento, auxilia na proliferação da doença", disse.

Além de aumento do número de mortes, o ministério também registrou este ano um acréscimo no número de notificações da doença, que aumentou mais de 90% no mesmo período. Em todo o ano de 2009, foram notificados 489.819 casos e, neste ano, mais de 936 mil. Ao todo, 70% dos casos notificados estão concentrados em seis estados: São Paulo, Acre, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Para tentar mobilizar a população e as autoridades, o ministério lançou uma campanha de publicidade mais intensa, e o próprio ministro tem percorrido os estado para ajudar a divulgar as formas de prevenção.

“Estou voando mais que o mosquito da dengue. Temos um grande parceria com a FAB [Força Aérea Brasileira] para levar a mensagem de que essa doença, para ser controlada, precisa da mobilização de todos”, afirmou Temporão.

Segundo o ministério, 15 cidades do país correm o risco de passar por um surto de dengue nos próximos meses, sendo duas capitais: Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Em outras 123 cidades do país, o ministério detectou situação de alerta para a doença, segundo o ministro da Saúde. Participaram do levantamento 417 cidades. Os 15 municípios que apresentam risco de surto representam 5% de todos os que encaminharam os dados.

Estão na lista as cidades de Afogados da Ingazeira (PE), Ceará-Mirim (RN), Bezerros (PE), São Miguel (RN), Serra Talhada (PE), Rio Branco (AC), Ilhéus (BA), Floresta (PE), Simões Filho (BA), Mossoró (RN), Porto Velho (RO), Caicó (RN), Tamaragibe (PE), Caetanópolis (MG) e Epitaciolândia (AC). Em 2009, dez cidades estavam em situação de risco, entre elas Ilhéus e Mossoró, que permaneceram este ano. Temporão pediu apoio dos governantes que estão deixando os cargos a fim de que os trabalhos de combate à doença não sejam prejudicados nas transições de governo. Este ano, o governo federal está investindo mais de R$ 1 bilhão nas ações de combate à dengue.

“Eu estou alertando que as equipes que estão saindo deixem seus trabalhos e recursos financeiros absolutamente organizados para que os novos governadores possam dar sequência ao trabalho. O trabalho do não pode ser parado”.






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