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Saúde
Sexta - 19 de Novembro de 2010 às 09:10

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Em 17 de novembro comemora-se o Dia Mundial de Combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), síndrome inflamatória dos pulmões que aparece em resposta à exposição a gases tóxicos inalados, como o do cigarro. O principal objetivo da data é chamar a atenção da população para os males da doença e a importância da atuação do médico pneumologista.

Atualmente, a DPOC é considerada a quarta principal causa de morte no mundo. No Brasil, conforme dra. Ilma Aparecida Paschoal, presidente da Comissão de DPOC da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), aproximadamente 14% da população com 40 anos ou mais é portadora da doença.

Segundo ela, além dos remédios e técnicas terapêuticas já disponíveis, tais como broncodilatadores e antiinflamatórios hormonais (corticosteróides inalados), é esperado o lançamento de uma nova medicação, de ação antiinflamatória, para meados de 2011, indicada nos casos de pacientes com DPOC que apresentam bastante catarro.

Intimamente atrelada ao cigarro, mais de 90% dos pacientes com DPOC são ou foram fumantes. “A principal medida para evitar a DPOC é simplesmente não fumar. Porém, se a pessoa já é fumante, a interrupção do hábito pode evitar a doença ou, se ela já existir, pode melhorar a expectativa de vida”, explica dra. Ilma.

A especialista afirma que é muito comum encontrar fumantes que, mesmo apresentando sintomas como tosse e catarro, acham que não estão doentes. “Para eles, a tosse do cigarro é normal, mas a questão é que nenhuma tosse crônica é natural. É verdade que nem todos os indivíduos que fumam e tem tosse são portadores da DPOC, porém, é sabido que uma porcentagem considerável de fumantes algum dia a desenvolverá. Inclusive, estima-se que 10% a 20% dos fumantes jovens sofrerão da síndrome”, informa ela.

Outro alerta à população é que a DPOC é a principal causa de Insuficiência Respiratória Crônica, um estado no qual o indivíduo acometido tem falta de ar em atividades rotineiras, como para tomar banho ou pentear os cabelos, acarretando muito sofrimento para o paciente e para a família.

Também é válido lembrar que exposições prolongadas à fumaça de fogões à lenha ou outros combustíveis orgânicos sólidos (tais como bagaço de cana e fezes de animais) em ambientes pouco ventilados, assim como qualquer tipo de fumaça em ambientes de trabalho, também podem levar à DPOC.

“Nestes casos, fogões à lenha e lareiras necessitam de sistemas adequados de exaustão e, em locais de trabalho, os processos produtivos que liberam fumaça para o ambiente devem ser modificados”, orienta dra. Ilma.

Conforme ela, o diagnóstico da doença só fica completo se o paciente apresentar uma redução do fluxo de ar durante a expiração, avaliada por meio da espirometria (o exame do sopro). Por esta razão, é altamente recomendado que as pessoas que apresentam sintomas, como falta de ar ou cansaço aos esforços, procurem um pneumologista para diagnosticar a causa.






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