PSDB vai fazer plano de reestruturação para eleições de 2012
O PSDB reuniu sua executiva nacional nesta quinta-feira pela primeira vez desde as eleições para discutir os rumos da sigla após a derrota de José Serra para a Presidência da República.
Sem a presença de líderes tucanos como Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Serra, o partido decidiu fazer um plano de reestruturação do partido para as eleições municipais de 2012 embora caminhe para manter o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) na presidência da legenda.
Neutro na disputa que marca o PSDB de São Paulo e Minas, Guerra tem o apoio do grupo que teme um racha na legenda provocado pela disputa entre as alas ligadas a Serra e Aécio. O presidente tucano afirma, porém, que a discussão sobre o comando da sigla só terá início às vésperas das convenções partidárias do PSDB, marcadas para março (municipais), abril (estaduais) e maio (nacional).
"Temos uma proposta do Aécio de reestruturar o nosso programa político. Um grupo, que deve ser composto por ele, Fernando Henrique, Serra e Tasso [Jereissati] vão propor mudanças no programa do partido", disse Guerra.
O PSDB quer aumentar o número de filiados e militantes, com a criação de um "cadastro nacional" para organizar aqueles que mantém ligação com a sigla. "Queremos montar o partido em todos os municípios do Brasil", disse o presidente do Instituto Teotônio Vilela, Luiz Paulo Veloso Lucas.
Outra decisão é manter a postura de oposição ao governo de Dilma Rousseff (PT), com críticas ao governo Lula em muitos momentos escondidas durante a campanha eleitoral diante da popularidade do petista.
Segundo Guerra, o partido volta a se reunir de forma ampliada em dezembro para dar continuidade às discussões sobre sua reformulação.
BANCADAS
Sobre a redução de suas bancadas no Congresso após as eleições de outubro, Guerra disse que a oposição "não ficou menor" ao ter menos deputados e senadores. "A oposição terá que ser mais combativa do que já foi. Não nos faltarão vozes para essa oposição."
No Senado, o PSDB e o DEM buscam parlamentares filiados a partidos governistas que não se alinham ao governo Dilma. Pelas contas da oposição, pelo menos 22 senadores poderão votar contra o governo - embora juntos o DEM e PSDB tenha conseguido eleger 17 senadores.
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